Clínica do Antibiótico: Dois Anos de Experiência em Outpatient Parenteral Antimicrobial Therapy num Hospital Português
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.11730Palavras-chave:
Anti-Infecciosos, Assistência Ambulatorial, Doentes Ambulatoriais, Farmacorresistência Bacteriana, Infecção/tratamento, PortugalResumo
Introdução: Os programas de administração de antimicrobianos parentéricos em ambulatório (outpatient parenteral antimicrobial therapy) iniciaram-se há mais de quatro décadas. Para além de proporcionarem tratamento seguro e eficaz num grupo selecionado de doentes, permitem também a redução de custos. Na Europa, e em particular em Portugal, a implementação destes programas é um fenómeno recente. O objetivo deste estudo é descrever dois anos de experiência de Clínica do Antibiótico.
Material e Métodos: Foram incluídos todos os doentes tratados na Clínica do Antibiótico nos dois primeiros anos de existência (12 de setembro de 2016 a 11 de setembro de 2018), sendo descritas variáveis relativas à população, infeções, agentes infeciosos, tratamentos e outcomes (resolução de infeção, eventos adversos e morte).
Resultados: A Clínica do Antibiótico tratou 231 doentes em 250 episódios, garantindo 2357 dias de antibioterapia. O local de infeção mais comum foi o trato urinário (39,2%) e os agentes mais comuns foram as Enterobacteriaceae (63,7% dos isolamentos). Obteve-se resolução da infeção em 90,8% dos tratamentos (95,6% dos doentes), ocorreram poucos eventos adversos (1,2%) e a mortalidade direta foi nula. Houve uma taxa de abandono de 1,6%.
Discussão: As taxas de resolução e de complicações foram comparáveis às de outros centros. Elevado número de tratamentos e baixa taxa de abandono apontam para boa aceitação por médicos e doentes.
Conclusão: A nossa experiência sugere ser uma alternativa eficaz e segura ao tratamento em internamento. Estes resultados estão de acordo com a literatura, sugerindo que esforços deverão ser feitos para expandir a utilização destes programas.
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