Transplantação Alogénica de Medula Óssea: Evolução ao Longo de 30 Anos na Experiência de um Centro

Autores

  • Manuel Abecasis Bone Marrow Transplantation Service. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.
  • Nuno Miranda Bone Marrow Transplantation Service. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.
  • Isabelina Ferreira Bone Marrow Transplantation Service. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.
  • Gilda Teixeira Bone Marrow Transplantation Service. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.
  • Filipa Moita Bone Marrow Transplantation Service. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.
  • Fernando Leal da Costa Bone Marrow Transplantation Service. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.
  • Maria João Gutierrez Bone Marrow Transplantation Service. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.
  • Carla Espadinha Bone Marrow Transplantation Service. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.
  • Susana Esteves Clinical Research Unit. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.11768

Palavras-chave:

Portugal, Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas

Resumo

Introdução: A transplantação alogénica de células hematopoiéticas é utilizada regularmente no tratamento de uma grande variedade de doenças hematológicas. O nosso programa de transplantação teve início em 1987 e desde então têm sido numerosos os avanços nesta área. Este estudo foi conduzido para avaliar se as alterações introduzidas ao longo de 30 anos melhoraram os resultados obtidos.
Material e Métodos: Analisámos os resultados numa população de 682 doentes submetidos consecutivamente a um primeiro transplante alogénico entre 1987 e 2016. Para tal, os doentes foram divididos em intervalos de 10 anos e comparámos a sobrevida global, a sobrevida livre de progressão, a mortalidade não associada a recaída e as recaídas em cada década do estudo.
Resultados: A mediana de idades dos doentes transplantados, a utilização de células progenitoras provenientes do sangue periférico e a transplantação com dadores não familiares aumentaram muito significativamente ao longo do estudo. Verificou-se, comparativamente com a primeira década, um aumento do número de doentes de alto risco nas duas décadas subsequentes. A mortalidade não relacionada com recidiva, avaliada aos três anos pós-transplante, diminuiu significativamente de 29% para 20% (p = 0,045), mantendo-se estáveis a sobrevida global e a sobrevida livre de progressão, assim como a incidência cumulativa de recaídas.
Discussão: A transplantação alogénica hematopoiética tem evoluído consideravelmente desde a sua introdução na prática clínica. No presente trabalho são avaliados os reflexos dessa evolução ao longo de 30 anos sendo analisados os resultados obtidos e comparados com os referidos na literatura.
Conclusão: Apesar das características mais desfavoráveis verificadas ao longo das três décadas (doentes mais idosos, doenças de risco mais elevado, aumento do número de dadores não familiares) foi possível reduzir significativamente a mortalidade associada ao procedimento, mantendo-se estáveis a sobrevida global e livre de progressão, assim como a incidência de recaídas.

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Biografias Autor

Manuel Abecasis, Bone Marrow Transplantation Service. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.

na

Nuno Miranda, Bone Marrow Transplantation Service. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.

na

Isabelina Ferreira, Bone Marrow Transplantation Service. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisboa.

na

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Publicado

2020-02-03

Como Citar

1.
Abecasis M, Miranda N, Ferreira I, Teixeira G, Moita F, Costa FL da, Gutierrez MJ, Espadinha C, Esteves S. Transplantação Alogénica de Medula Óssea: Evolução ao Longo de 30 Anos na Experiência de um Centro. Acta Med Port [Internet]. 3 de Fevereiro de 2020 [citado 21 de Dezembro de 2024];33(2):116-23. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/11768

Edição

Secção

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