Consumo de Álcool e Drogas na População Escolar de São Tomé e Príncipe
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.11876Palavras-chave:
Comportamento do Adolescente, Consumidores de Droga, Consumo de Bebidas Alcoólicas, Drogas Ilícitas, Estudantes, Ilhas AtlânticasResumo
Introdução: Em São Tomé e Príncipe não há estudos sobre o uso de álcool e drogas na população escolar, potencial aliada em intervenções preventivas. Os objetivos do presente estudo são 1) determinar a frequência do consumo de álcool e drogas na população escolar e 2) identificar as principais características associadas a estes comportamentos.
Material e Métodos: Foi aplicado um questionário biográfico, demográfico e socioeconómico sobre o uso de substâncias lícitas e ilícitas para uma amostra de 2064 alunos. As características demográficas e sociais apresentadas baseiam-se nas frequências observadas e as comparações entre os grupos foram feitas usando testes de qui-quadrado. A significância foi avaliada em α = 0,05.
Resultados: Mais de metade dos alunos referiram consumir álcool pelo menos uma vez na vida, e 32% nos últimos 30 dias. Os alunos mais velhos mostraram-se mais propensos a consumir álcool (p < 0,0001), mas mesmo nos alunos com idade inferior a 16 anos, 17% consumiram nos últimos 30 dias. Constatou-se também que entre todos os alunos, 7% consumiram uma ou mais vezes por semana nos últimos 30 dias. As razões apresentadas para o consumo frequente foram diferentes para os rapazes (“participação no grupo de amigos”) e raparigas (“diminuição da ansiedade”) (p = 0,005). Menos de 1% dos entrevistados admitiram ter usado maconha, cocaína, crack ou ecstasy.
Discussão: Apesar de algumas limitações, como o auto reporte, publica-se um primeiro diagnóstico de situação mostrando um elevado consumo de álcool pelos jovens e ainda a utilização de drogas ilegais nas escolas.
Conclusão: É urgente o desenvolvimento de intervenções preventivas, nomeadamente, no âmbito da comunicação em saúde pública.
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