Referenciação Precoce para Cuidados Paliativos: O Racionamento dos Cuidados Eficientes de Saúde em Doentes Oncológicos
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.11911Palavras-chave:
Cuidados Paliativos, Cuidados Terminais, Encaminhamento e Consulta, Equipa de Assistência ao Doente, Prestação Integrada de Cuidados de SaúdeResumo
Os cuidados paliativos oncológicos constituem uma abordagem interdisciplinar, centralizada no doente e nas suas famílias, realizada ao longo da trajetória das doenças neoplásicas, alicerçada no controlo de sintomas, na comunicação assertiva e na tomada de decisão compartilhada. Apesar de as normas de orientação clínica aconselharem uma intervenção holística, integrando precocemente os cuidados paliativos no tratamento oncológico tradicional, a investigação demonstra um grande atraso na referenciação dos doentes, restringindo os cuidados paliativos no fim de vida. Por que razão parece existir um racionamento da referenciação precoce, atentatório da dignidade humana? Em grande parte, é por falta de conhecimento, treino e educação dos profissionais de saúde sobre os cuidados paliativos e as técnicas para lidar com o processo de morrer e a morte. Vários estudos demonstram o benefício da integração de ações paliativas na rotina dos tratamentos oncológicos ativos, não só a nível do controlo eficaz de sintomas físicos e psicológicos, mas a nível da qualidade de vida global, da satisfação do doente e da família, dos custos dos cuidados de saúde e também da sobrevida, em alguns casos. É necessário tomar medidas que encorajem o oncologista a obter mais formação em cuidados paliativos, como um estágio formal, obrigatório, integrado no seu internato de formação específica. Deste modo, uma nova geração de médicos mudará seguramente a vida dos doentes com cancro, e suas famílias, integrando — sem racionamento desproporcionado — oncologia e medicina paliativa.
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