A Dermatite Atópica em Revisão

Autores

  • Tiago Torres Serviço de Dermatologia. Centro Hospitalar Universitário do Porto. Porto. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto.
  • Eduarda Osório Ferreira Serviço de Dermatologia. Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho. Gaia.
  • Margarida Gonçalo Serviço de Dermatologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Serviço de Dermatologia. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra.
  • Pedro Mendes-Bastos Serviço de Dermatologia. Hospital CUF Descobertas. Lisboa.
  • Manuela Selores Serviço de Dermatologia. Centro Hospitalar Universitário do Porto. Porto.
  • Paulo Filipe Serviço de Dermatologia. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Unidade de Investigação em Dermatologia. Instituto de Medicina Molecular. Universidade de Lisboa. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.11963

Palavras-chave:

Dermatite Atópica/complicações, Dermatite Atópica/diagnóstico, Dermatite Atópica/epidemiologia, Dermatite Atópica/etiologia, Dermatite Atópica/prevenção e controlo, Dermatite Atópica/tratamento

Resumo

Com uma prevalência crescente nas últimas décadas, a dermatite atópica tornou-se um problema de saúde global. Foi realizada uma revisão não sistemática com base numa pesquisa bibliográfica direcionada à epidemiologia, fisiopatologia, características clínicas, comorbilidades e tratamento da dermatite atópica. Em resumo, a dermatite atópica é uma patologia cutânea heterogénea associada a morfologia, distribuição e curso da doença variáveis. A sua patogénese é complexa, combinando fatores genéticos e ambientais que condicionam a disfunção da barreira epidérmica, a desregulação imune cutânea e sistémica e a disbiose do microbioma da pele. O diagnóstico baseia-se em critérios clínicos específicos, incluindo história pessoal e familiar de atopia, evolução da doença e manifestações clínicas. A gravidade da doença é determinada através da avaliação dos sinais objetivos e dos sintomas subjetivos. A sua abordagem deve ser progressiva, focada na redução do prurido e no controlo da doença. Os doentes devem ser aconselhados sobre os cuidados básicos a ter e evicção de agressores externos. Em situações de agudização ou lesões crónico-recidivantes, devem ser aplicados anti-inflamatórios tópicos. Na ausência de resposta ou controlo adequado no médio prazo, deve ponderar-se fototerapia, imunossupressores sistémicos ou, mais recentemente, dupilumab. Contudo, o tratamento da dermatite atópica moderada a grave permanece desafiador, sendo urgente o desenvolvimento de novas terapêuticas, eficazes, seguras e direcionadas. Concluindo, apesar de atualmente haver uma melhor compreensão e um maior conhecimento da doença, as investigações futuras deverão continuar a explorar a interação entre fatores genéticos e ambientais e seus efeitos na fisiopatologia e gravidade da doença, bem como nos resultados do tratamento.

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Biografia Autor

Tiago Torres, Serviço de Dermatologia. Centro Hospitalar Universitário do Porto. Porto. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto.

Assistente Hospitalar no Serviço de Dermatologia do Centro Hospitalar e Universitário do Porto

Professor Auxiliar Convidado, Mestrado Integrado em Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto

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Publicado

2019-09-02

Como Citar

1.
Torres T, Ferreira EO, Gonçalo M, Mendes-Bastos P, Selores M, Filipe P. A Dermatite Atópica em Revisão. Acta Med Port [Internet]. 2 de Setembro de 2019 [citado 17 de Julho de 2024];32(9):606-13. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/11963

Edição

Secção

Revisão