Doença de Parkinson: Revisão Clínica e Atualização
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.11978Palavras-chave:
Corpos de Lewy, Doença de Parkinson/diagnóstico, Doença de Parkinson/genética, Estimulação Cerebral Profunda, LevodopaResumo
A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, tendo sido documentado um aumento significativo da sua prevalência nas últimas três décadas. A fisiopatologia da doença assenta numa interação genética-ambiente, estimando-se que cerca de 5% – 10% dos casos tenham causa genética monogénica. O diagnóstico é clínico, apoiado por investigação complementar adequada. Não dispomos ainda de uma forma de diagnosticar com certeza a doença de Parkinson in vivo, à exceção de testes genéticos em circunstâncias específicas, cuja utilidade é limitada a uma minoria de casos. Recentemente foram propostos novos critérios de diagnóstico, com o objetivo de melhorar a acuidade diagnóstica, com ênfase nas características que apontam para outras causas de parkinsonismo. As opções terapêuticas atualmente disponíveis são clinicamente úteis, pois têm a capacidade de melhorar os sintomas da doença e a qualidade de vida dos doentes. Após a introdução da levodopa, a estimulação cerebral profunda surgiu, mais recentemente, como a segunda intervenção terapêutica com importante impacto sintomático no tratamento desta doença. Os sintomas não motores e as complicações motoras são responsáveis por uma parte considerável da incapacidade na doença de Parkinson, pelo que devem ser identificados e tratados. A investigação científica atual foca-se na identificação de potenciais biomarcadores da doença, que permitam alcançar um diagnóstico certeiro e atempado, e na criação de terapêuticas mais eficazes, de modo a preencher as necessidades clínicas atualmente não satisfeitas. Este artigo apresenta uma revisão atualizada sobre a doença de Parkinson, guiando o leitor através dos conceitos mais atualizados nesta temática, de forma a permitir a sua aplicação na prática clínica diária.
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