Tradução, Adaptação Cultural e Validação da Escala de Uso Indevido de Opióides para Português de Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.12015Palavras-chave:
Analgésicos Opióides/efeitos adversos, Inquéritos e Questionários, Perturbações Relacionadas ao Uso de Opióides, Portugal, Reprodutibilidade dos Testes, TraduçãoResumo
Introdução: Orientações atuais recomendam a utilização da Escala de Uso Indevido de Opióides para rastrear comportamentos aberrantes, relativos ao uso de opióides em dor crónica. Os objetivos foram a sua tradução, adaptação cultural e validação para a população portuguesa com dor crónica.
Material e Métodos: O processo de tradução e adaptação cultural seguiu as recomendações. Adultos com dor crónica medicados com opióides, seguidos num hospital português de grande dimensão, foram convidados a completar a versão traduzida. Recurso a estatística descritiva, alfa de Cronbach, correlações inter-item, item-total, intra-classe, e análise de componentes principais.
Resultados: A tradução decorreu conforme planeado e a amostra de validação foi de 98 doentes (mediana de idades = 62,5 anos). Relativamente à consistência interna, alfa Cronbach global = 0,778, correlações item-total dos itens > 0,20 (quatro exceções), e coeficiente de correlação intra-classe = 0,90 (entre teste e reteste). Relativamente à validade, os 17 itens apresentaram um índice de validade de conteúdo > 0,80. Extraíram-se seis componentes principais, que explicaram 66,3% da variância.
Discussão: A versão portuguesa da Escala de Uso Indevido de Opióides foi adequadamente traduzida, adaptada e validada; demonstrando boa qualidade relativamente à confiabilidade e validade. Este é o primeiro instrumento para rastrear comportamentos aberrantes, relativos ao uso de opióides em portugueses com dor crónica. Consequentemente, ajudará e promoverá a identificação do uso indevido de opióides nestes doentes.
Conclusão: A implementação deste questionário poderá reduzir a incidência e morbimortalidade do uso indevido de opióides em doentes com dor crónica, e deverá melhorar o tratamento da dor crónica em Portugal.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons