Currículo Médico sobre Violência Perpetrada pelo Parceiro Íntimo em Moçambique
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.12049Palavras-chave:
Competências, Currículo, Estudantes de Medicina, Moçambique, Violência Perpretada pelo Parceiro ÍntimoResumo
Introdução: O objetivo do estudo descrito neste artigo foi o de examinar os currículos de medicina quanto à atenção dada aos conteúdos sobre a Violência Perpretada pelo Parceiro Íntimo em Moçambique, aplicando uma ferramenta de comparação derivada da literatura internacional.
Material e Métodos: Examinámos os currículos de cinco escolas médicas moçambicanas com base numa estrutura curricular da Violência Perpretada pelo Parceiro Íntimo de última geração. A ferramenta de comparação foi baseada numa revisão da literatura anterior.
Resultados: Poucas escolas de medicina de Moçambique podem ser identificadas abordando a Violência Perpretada pelo Parceiro Íntimo no seu currículo. Se abordada, a Violência Perpretada pelo Parceiro Íntimo é mais tratada no contexto de Ginecologia e Obstetricia, Saúde Comunitária e Medicina legal. Os conteúdos da Violência Perpretada pelo Parceiro Íntimo são integrados como módulos autónomos em algumas disciplinas específicas. Nenhum dos curriculos identificou professores específicos que leccionam Violência Perpretada pelo Parceiro Intimo. Não foi especificada a alocação de tempo para abordar o tópico; estratégias de ensino e aprendizagem, sensibilização e aquisição de conhecimentos básicos; e dificilmente informação sobre métodos de avaliação específicos. Apenas numa escola de medicina, o assunto fazia parte do currículo formal.
Discussão: O conteúdo da Violência Perpretada pelo Parceiro Íntimo é dificil e inconsistentemente tratado. O conteúdo limitado da Violência Perpretada pelo Parceiro Íntimo rastreado nos currículos das escolas médicas moçambicanas aborda principalmente a violência em geral, por exemplo, conforme identificado em contextos de ortopedia ou cirurgia e violência sexual em Ginecologia e Obstetrícia. A implementação no currículo permanece restrita, questionando o impacto da educação médica nas competências dos futuros profissionais.
Conclusão: São necessárias mudanças críticas nos currículos médicos para corresponder à actual epidemiologia da Violência Perpretada pelo Parceiro Íntimo em Moçambique.
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