A Utilidade da Cinética Precoce da Proteína C-Reativa para Avaliar a Resposta e Prognóstico nos Doentes Críticos Infectados: Um Estudo Observacional Retrospetivo
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.12143Palavras-chave:
Biomarcadores, Cinética, Cuidados Críticos, Infeção, Portugal, Proteína C-Reativa, Unidades de Cuidados IntensivosResumo
Introdução: O biomarcador ideal capaz de avaliar a resposta e prognóstico no doente crítico infetado ainda não está disponível. Os objetivos do nosso estudo foram avaliar a relação da cinética precoce da proteína C-reativa com a duração e apropriação da terapêutica antibiótica e a sua utilidade na predição de mortalidade.
Material e Métodos: Realizámos um estudo retrospetivo observacional numa coorte de 60 doentes com pneumonia adquirida na comunidade, pneumonia de aspiração e bacteremia numa unidade de cuidados intensivos. Colhemos níveis séricos de proteína C-reativa durante oito dias e a duração e apropriação da terapêutica antibiótica inicial. Definimos grupos de cinética de proteína C-reativa com base nos níveis dos dias 0, 4 e 7. Durante um ano de seguimento, analisámos a mortalidade em diferentes momentos.
Resultados: Da amostra obtivemos três grupos de cinética de proteína C-reativa: resposta rápida, resposta atrasada mas rápida e resposta atrasada e lenta. Não observamos associação estatisticamente significativa entre a cinética da proteína C-reativa com a mortalidade precoce (unidade de cuidados intensivos, hospital e aos 28 dias) ou tardia (seis meses e um ano) e duração da terapêutica antibiótica (p > 0,05). Embora não existam diferenças estatisticamente significativas entre a apropriação da terapêutica antibiótica e os grupos definidos (p = 0,265), nenhum doente com terapêutica antibiótica inapropriada apresentou um padrão de resposta rápida.
Discussão: Vários estudos sugerem a importância desta proteína na infeção.
Conclusão: A cinética precoce da proteína C-reativa não está associada com a avaliação da resposta e prognóstico no doente crítico infectado. Porém, um padrão de resposta rápida tende a excluir terapêutica antibiótica inicial inapropriada.
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