A Utilidade da Cinética Precoce da Proteína C-Reativa para Avaliar a Resposta e Prognóstico nos Doentes Críticos Infectados: Um Estudo Observacional Retrospetivo

Autores

  • Marta Ayres Pereira Faculty of Medicine. University of Porto. Porto.
  • Ana Lídia Rouxinol-Dias Anesthesiology Department. Centro Hospitalar Universitário São João. Porto. Center for Research in Health Technologies and Information Systems. Faculty of Medicine. University of Porto. Porto.
  • Tatiana Vieira Emergency and Intensive Care Department. Centro Hospitalar Universitário São João. Porto.
  • José Artur Paiva Emergency and Intensive Care Department. Centro Hospitalar Universitário São João. Porto. Infection and Sepsis Group. Porto. Medicine Department. Faculty of Medicine. University of Porto. Porto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.12143

Palavras-chave:

Biomarcadores, Cinética, Cuidados Críticos, Infeção, Portugal, Proteína C-Reativa, Unidades de Cuidados Intensivos

Resumo

Introdução: O biomarcador ideal capaz de avaliar a resposta e prognóstico no doente crítico infetado ainda não está disponível. Os objetivos do nosso estudo foram avaliar a relação da cinética precoce da proteína C-reativa com a duração e apropriação da terapêutica antibiótica e a sua utilidade na predição de mortalidade.
Material e Métodos: Realizámos um estudo retrospetivo observacional numa coorte de 60 doentes com pneumonia adquirida na comunidade, pneumonia de aspiração e bacteremia numa unidade de cuidados intensivos. Colhemos níveis séricos de proteína C-reativa durante oito dias e a duração e apropriação da terapêutica antibiótica inicial. Definimos grupos de cinética de proteína C-reativa com base nos níveis dos dias 0, 4 e 7. Durante um ano de seguimento, analisámos a mortalidade em diferentes momentos.
Resultados: Da amostra obtivemos três grupos de cinética de proteína C-reativa: resposta rápida, resposta atrasada mas rápida e resposta atrasada e lenta. Não observamos associação estatisticamente significativa entre a cinética da proteína C-reativa com a mortalidade precoce (unidade de cuidados intensivos, hospital e aos 28 dias) ou tardia (seis meses e um ano) e duração da terapêutica antibiótica (p > 0,05). Embora não existam diferenças estatisticamente significativas entre a apropriação da terapêutica antibiótica e os grupos definidos (p = 0,265), nenhum doente com terapêutica antibiótica inapropriada apresentou um padrão de resposta rápida.
Discussão: Vários estudos sugerem a importância desta proteína na infeção.
Conclusão: A cinética precoce da proteína C-reativa não está associada com a avaliação da resposta e prognóstico no doente crítico infectado. Porém, um padrão de resposta rápida tende a excluir terapêutica antibiótica inicial inapropriada.

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Publicado

2019-12-02

Como Citar

1.
Pereira MA, Rouxinol-Dias AL, Vieira T, Paiva JA. A Utilidade da Cinética Precoce da Proteína C-Reativa para Avaliar a Resposta e Prognóstico nos Doentes Críticos Infectados: Um Estudo Observacional Retrospetivo. Acta Med Port [Internet]. 2 de Dezembro de 2019 [citado 24 de Novembro de 2024];32(12):737-45. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/12143

Edição

Secção

Original AMP Student