A Importância da Autópsia na Morte Neonatal Precoce em Portugal

Autores

  • Marlene Miranda Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto.
  • Sandra Costa Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Serviço de Neonatologia. Centro Materno Pediátrico. Centro Hospitalar Universitário São João. Porto.
  • Henrique Soares Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Serviço de Neonatologia. Centro Materno Pediátrico. Centro Hospitalar Universitário São João. Porto.
  • Joselina Barbosa Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Departamento de Ciências da Saúde Pública e Forenses e Educação Médica. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Unidade de Investigação e Desenvolvimento Cardiovascular. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto.
  • Filipa Flor-de-Lima Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Serviço de Neonatologia. Centro Materno Pediátrico. Centro Hospitalar Universitário São João. Porto.
  • Manuela Rodrigues Serviço de Neonatologia. Centro Materno Pediátrico. Centro Hospitalar Universitário São João. Porto.
  • Hercília Guimarães Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Serviço de Neonatologia. Centro Materno Pediátrico. Centro Hospitalar Universitário São João. Porto. Unidade de Investigação e Desenvolvimento Cardiovascular. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.12182

Palavras-chave:

Autópsia, Causas de Morte, Mortalidade Infantil, Recém-Nascido, Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais

Resumo

Introdução: O período neonatal precoce é o mais crítico para a vida do recém-nascido. A autópsia é importante para compreender acausa de morte e conhecer outros diagnósticos não identificados clinicamente. No entanto, a taxa de autópsia neonatal está a diminuir em todo o mundo. Este estudo pretende caracterizar a morte neonatal precoce e a importância clínica da autópsia, avaliando a concordância entre o diagnóstico clínico e o anatomopatológico.
Material e Métodos: Estudo retrospetivo dos processos clínicos de todos recém-nascidos admitidos numa unidade de Cuidados
Intensivos Neonatais de nível III em Portugal e que faleceram durante a primeira semana de vida em 10 anos consecutivos (2008 - 2017). Para classificar a concordância encontrada entre os diagnósticos clínicos e anatomopatológicos foi usada a classificação de Goldman modificada.
Resultados: Na primeira semana de vida faleceram 76 recém-nascidos. As principais causas de morte foram complicações relacionadas com prematuridade e anomalias congénitas. A autópsia foi realizada em 50 (65,8%) recém-nascidos. Achados adicionais foram encontrados em 62% dos casos, sendo em 12% achados com implicações importantes no aconselhamento genético de futuras gestações. A concordância entre os achados clínicos e anatomopatológicos foi de 38% dos casos.
Discussão: A autópsia foi realizada com maior frequência em recém-nascidos com maior idade gestacional. O número de diagnósticos adicionais encontrados na autópsia, incluindo diagnósticos com implicações para aconselhamento genético, confirmam a importância da sua realização.
Conclusão: A autópsia deve ser proposta a todos os pais após a morte neonatal precoce, dada a sua importância no esclarecimento da causa de morte.

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Publicado

2020-12-02

Como Citar

1.
Miranda M, Costa S, Soares H, Barbosa J, Flor-de-Lima F, Rodrigues M, Guimarães H. A Importância da Autópsia na Morte Neonatal Precoce em Portugal. Acta Med Port [Internet]. 2 de Dezembro de 2020 [citado 30 de Junho de 2024];33(12):811-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/12182

Edição

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