Dieta Cetogénica na Epilepsia Infantil Refratária: Para além do Controlo das Crises, Experiência de um Centro Pediátrico Português

Autores

  • Inês Romão Luz Centro de Desenvolvimento da Criança. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. https://orcid.org/0000-0003-2550-5585
  • Cristina Pereira Centro de Desenvolvimento da Criança. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Paula Garcia Centro de Desenvolvimento da Criança. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Fátima Ferreira Centro de Desenvolvimento da Criança. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Ana Faria Centro de Desenvolvimento da Criança. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Cristiane Macedo Centro de Desenvolvimento da Criança. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Luísa Diogo Centro de Desenvolvimento da Criança. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Conceição Robalo Centro de Desenvolvimento da Criança. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.12184

Palavras-chave:

Criança, Epilepsia Resistente a Medicamentos/dietoterapia, Portugal

Resumo

Introdução: A dieta cetogénica é uma dieta com baixo teor de hidratos de carbono, que pode ser usada no tratamento da epilepsia infantil refratária. O principal objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia nos doentes que completaram pelo menos três meses de dieta, no que respeita ao controlo das crises, comportamento e estado de alerta. Foi também avaliada a variação do número de fármacos antiepiléticos, as razões de descontinuação e os efeitos secundários.
Material e Métodos: Análise retrospetiva dos processos clínicos dos doentes com epilepsia refratária sob dieta cetogénica, de outubro de 2007 a janeiro de 2018, num hospital pediátrico de nível 3. 
Resultados: Nos 29 doentes elegíveis, a média da idade de implementação foi 7,9 anos (+/– 5,6). Destes, 18 tiveram uma redução ≥ 50% das crises, 19 tiveram uma melhoria marcada do comportamento e 18 do seu estado de alerta. Dos 15 que completaram 18 meses, a mediana do número de fármacos antiepiléticos permaneceu idêntica à do início (três fármacos). A principal razão de descontinuação foi por decisão familiar. Os principais efeitos secundários foram a hipercolesterolémia (n = 23) e a hipertrigliceridémia
(n = 21).
Discussão: Os resultados foram semelhantes aos obtidos noutras coortes, nomeadamente no que respeita à idade de início, à percentagem de doentes que completou a dieta, às razões da suspensão e à melhoria do comportamento e estado de alerta.
Conclusão: Para além do controlo das crises, os doentes tiveram uma marcada melhoria do seu comportamento e estado de alerta. É necessário desenvolver estratégias para aumentar a adesão das famílias à dieta.

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Biografia Autor

Inês Romão Luz, Centro de Desenvolvimento da Criança. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.

AA: ID#11837

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Publicado

2019-12-02

Como Citar

1.
Romão Luz I, Pereira C, Garcia P, Ferreira F, Faria A, Macedo C, Diogo L, Robalo C. Dieta Cetogénica na Epilepsia Infantil Refratária: Para além do Controlo das Crises, Experiência de um Centro Pediátrico Português. Acta Med Port [Internet]. 2 de Dezembro de 2019 [citado 22 de Dezembro de 2024];32(12):760-6. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/12184

Edição

Secção

Original