Perfil Neuropsicológico, Reserva Cognitiva e Desajustamento Emocional numa Amostra Portuguesa de Doentes com Obesidade Grave
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.12233Palavras-chave:
Cognição, Emoções, Funções Executivas, Obesidade Mórbida/psicologia, Portugal, Reserva CognitivaResumo
Introdução: A obesidade é fator de risco significativo para múltiplas comorbilidades e a sua relação com a disfunção neurocognitiva é de particular importância no declínio cognitivo particularmente na meia-idade. Explorámos o perfil neuropsicológico, a reserva cognitiva e o desajustamento emocional, em doentes com obesidade grave, devido ao seu impacto na neuro-degeneração.
Material e Métodos: Questionário sociodemográfico e clínico, provas neuropsicológicas e de avaliação de sintomas de desajustamento emocional, na avaliação do desempenho cognitivo de 120 doentes, entre os 18 e os 65 anos, em tratamento da sua obesidade grave em Portugal, entre maio de 2012 e dezembro de 2015.
Resultados: O desempenho cognitivo situou-se abaixo do valor médio da população portuguesa, para a memória imediata, visuoperceção, resistência à interferência e flexibilidade cognitiva. A reserva cognitiva foi maioritariamente baixa, principalmente nos grupos de pacientes com mais idade e com status profissional mais baixo. A sua elevação associou-se a melhores resultados cognitivos. O desajustamento emocional denotou significativa elevação comparativamente com uma amostra normativa. Os fatores de risco avaliados foram importantes no agravamento das funções cognitivas e o desempenho cognitivo decresceu com o aumento da idade.
Discussão: A obesidade grave esteve associada a um pior desempenho cognitivo da amostra. A reserva cognitiva foi superior nos mais jovens. Houve presença expressiva de mal-estar emocional particularmente entre as mulheres.
Conclusão: A obesidade grave está associada a uma diminuição do desempenho cognitivo e emocional que é coadjuvada pelo envelhecimento, reserva cognitiva baixa e comorbilidade. Sublinha-se, neste trabalho, a necessidade de ações preventivas entre as quais o screening neuropsicológico na deteção de alterações e conceção de melhores intervenções.
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