Prevenção da Infeção pelo Vírus do Papiloma Humano. Para Além do Cancro do Colo do Útero: Uma Breve Revisão

Autores

  • Rita Medeiros Serviço de Ginecologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. https://orcid.org/0000-0002-7491-0096
  • Susan Vaz Departamento de Ginecologia. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra.
  • Teresa Rebelo Serviço de Ginecologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Departamento de Ginecologia. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra.
  • Margarida Figueiredo-Dias Serviço de Ginecologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Departamento de Ginecologia. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.12259

Palavras-chave:

Infecções por Papillomavirus, Neoplasias do Colo do Útero, Vacinas contra Papillomavirus

Resumo

Introdução: O vírus do papiloma humano é responsável por quase todos os casos de cancro do colo do útero, de uma importante fração de lesões anogenitais e orofaríngeas pré-invasivas e invasivas bem como de condilomas genitais e da papilomatose respiratória recorrente. Atualmente existem três vacinas profiláticas contra o vírus do papiloma humano de alto risco comercializadas em vários países do mundo.
Métodos: Para esta revisão não-sistemática, os autores pesquisaram na MEDLINE/PubMed revisões sistemáticas, metanálises e ensaios clínicos randomizados, publicados nos últimos seis anos, utilizando os termos “HPV”, “cancro não cervical” e “vacina”. Os cancros não cervicais causados pelo vírus do papiloma humano são lesões menos comuns. Contudo, a sua incidência tem aumentado, a par de uma diminuição do cancro do colo do útero, devido principalmente à implementação de programas de rastreio altamente eficazes. Uma vez que não existem programas oficiais de rastreio para cancros não cervicais, a vacinação universal pode ter um impacto importante. O efeito preventivo da vacina é principalmente estudado e estabelecido em relação ao cancro do colo do útero, embora também tenha sido demonstrado no desenvolvimento de lesões vulvares e vaginais. Até ao momento, a eficácia na prevenção de doenças anais e orofaríngeas relacionadas com o vírus do papiloma humano é incerta, devido à escassez de dados na literatura e baixa cobertura de vacinação em homens. A prevalência de lesões e o consequente benefício absoluto da vacinação é inferior nos homens, porém proporciona um benefício adicional à imunidade de grupo alcançada com a vacinação de mulheres.
Conclusão: A fração total de lesões malignas e pré-malignas atribuídas aos genótipos de vírus do papiloma humano contidos na vacina nonavalente é significativa tanto em mulheres quanto em homens, o que confere a essa vacina um grande potencial em termos de Saúde Pública.

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Biografia Autor

Rita Medeiros, Serviço de Ginecologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.

AA:ID#11501 + #11377

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Publicado

2020-03-02

Como Citar

1.
Medeiros R, Vaz S, Rebelo T, Figueiredo-Dias M. Prevenção da Infeção pelo Vírus do Papiloma Humano. Para Além do Cancro do Colo do Útero: Uma Breve Revisão. Acta Med Port [Internet]. 2 de Março de 2020 [citado 25 de Novembro de 2024];33(3):198-201. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/12259

Edição

Secção

Revisão