Acesso dos Pacientes aos seus Processos Clínicos

Autores

  • Liliana Laranjo Escola Nacional de Saúde Pública. Lisboa. Portugal.
  • Ana Luisa Neves Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Tiago Villanueva Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Norte. Lisboa. Portugal.
  • Jorge Cruz Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga. Santa Maria da Feira. Portugal.
  • Armando Brito de Sá Instituto de Medicina Preventiva. Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Constantitno Sakellarides Escola Nacional de Saúde Pública. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.123

Resumo

Até muito recentemente, o processo clínico era visto exclusivamente como propriedade das instituições de saúde ou dos médicos que o elaboravam. A sua grande componente técnica e científica, bem como com o forte cunho pessoal por parte do médico, têm sido as razões invocadas para esse controlo. Atualmente, um pouco por todo o mundo, assiste-se a uma mudança neste campo. Em Portugal, desde 2007 que os pacientes podem aceder diretamente à totalidade dos seus processos clínicos. No entanto, o Código Deontológico
da Ordem dos Médicos (2009) defende que o acesso dos pacientes aos seus processos clínicos deverá ser feito através de um médico e que este último é o detentor da propriedade intelectual dos registos que elabora. Além disso, muitos médicos e instituições de saúde confrontados com os pedidos de acesso dos pacientes aos seus processos clínicos acabam por solicitar o parecer da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos. Esse parecer vai, invariavelmente, no sentido do acesso total e direto. A partilha dos processos clínicos com os pacientes parece fulcral e inevitável num modelo de medicina centrada na pessoa, tendo o potencial de melhorar a capacitação, a literacia em saúde, a autonomia, a autoeficácia e a satisfação dos pacientes. Com os progressivos avanços
tecnológicos e a crescente disseminação dos Sistemas Personalizados de Informação de Saúde, é previsível que cada vez mais pacientes desejem aceder aos seus processos clínicos. Assim, a consciencialização sobre esta matéria é essencial, por forma a que seja possível promover o debate informado entre as várias partes envolvidas.

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Biografias Autor

Liliana Laranjo, Escola Nacional de Saúde Pública. Lisboa. Portugal.

Médica interna de Medicina Geral e Familiar. Doutoranda na Faculdade de Medicina de Lisboa. Mestranda na Harvard School of Public Health (Master of Public Health). Assistente de investigação na Escola Nacional de Saúde Pública.

Ana Luisa Neves, Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

Tiago Villanueva, Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Norte. Lisboa. Portugal.

Jorge Cruz, Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga. Santa Maria da Feira. Portugal.

Armando Brito de Sá, Instituto de Medicina Preventiva. Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Constantitno Sakellarides, Escola Nacional de Saúde Pública. Lisboa. Portugal.

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Publicado

2013-06-21

Como Citar

1.
Laranjo L, Neves AL, Villanueva T, Cruz J, Brito de Sá A, Sakellarides C. Acesso dos Pacientes aos seus Processos Clínicos. Acta Med Port [Internet]. 21 de Junho de 2013 [citado 30 de Junho de 2024];26(3):265-70. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/123

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