Duodenoscopia e colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (cpre) no diagnóstico da patologia biliar e pancreática. Experiência dos primeiros 150 exames.
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.1238Resumo
Relata-se a experiencia das primeiras 150 duodenoscopias consecutivas para colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). Descreve-se o material e metodologia utilizados, incluindo a pesquisa sistemática do follow-up dos doentes examinados. A duodenoscopia foi diagnóstica em 19 casos. A canulação da papila de Vater, com visualização das vias biliares e/ou pancreáticas foi conseguida em 106 de 131 tentativas (81 % de êxitos técnicos): CPRE em 55, CRE em 22 e PRE em 29. Esta percentagem elevou-se para 88 % nos últimos 50 exames. Predominaram as indicações clinicas por suspeita de patologia biliar (colestase em 72, colangite recorrente em 22 e síndrome dolorosa pós-colecistectomia em 9). No grupo da colestase, o diagnóstico etiológico foi obtido em 51 casos - 70 % do total — (80 % dos 30 mais recentes), sendo em 12 endoscópico e em 39 colangiográfico. Na colangite recorrente obteve-se diagnóstico etiológico em 63 %. A CPRE foi particularmente útil nos casos com hidatidose hepatobiliar ou pós-colecistectomia. O exame foi diagnóstico em 7 dos 9 doentes colecistectomizados com quadro doloroso, com avaliação endoscópica útil nos casos com coledocoduodenostomia. Nas restantes indicações (pancreatite recorrente em 16, dor abdominal não esclarecida em 18 e miscelânea em 13) registou-se também elevada percentagem de exames diagnósticos ou parcialmente informativos. Em 8 de 16 casos de pancreatite recorrente, a CPRE definiu uma indicação cirúrgica. É estabelecido o confronto dos nossos resultados com os da literatura, tanto nos aspectos técnicos como na capacidade diagnóstica demonstrada nos diferentes grupos de indicações: biliares. pancreáticas ou outras.
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