Diferenças entre os Doentes Submetidos a Colecistectomia Laparoscópica com Alta ao Final do Dia Versus Pernoita: Um Estudo Retrospectivo

Autores

  • Daniela Macedo-Alves Serviço de Cirurgia Geral. Hospital Pedro Hispano. Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Senhora da Hora. https://orcid.org/0000-0003-2346-3182
  • Joana Mafalda Monteiro Serviço de Cirurgia Pediátrica. Centro Hospitalar Universitário de S. João. Porto.
  • Lígia Freire Serviço de Cirurgia Geral. Hospital Pedro Hispano. Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Senhora da Hora.
  • Emanuel Guerreiro Serviço de Cirurgia Geral. Hospital Pedro Hispano. Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Senhora da Hora.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.12420

Palavras-chave:

Colecistectomia Laparoscópica, Hospitalização, Procedimentos Cirúrgicos Ambulatórios

Resumo

Introdução: Apesar da colecistectomia laparoscópica ser uma técnica cada vez mais realizada em regime de ambulatório, não é praticada em algumas unidades por ausência de pernoita. São objetivos deste estudo identificar as diferenças entre os doentes com alta ao final do dia versus pernoita e os fatores preditores de pernoita.
Material e Métodos: Realizámos uma análise retrospetiva dos dados pré, peri e pós-operatório dos doentes operados entre janeiro de 2014 e dezembro de 2017, tendo-se procedido à análise estatística das variáveis.
Resultados: Foram incluídos 311 doentes, sendo que apenas 33,4% pernoitaram. Destes, 81,7% foram operados depois das 14 horas. Como fatores preditores de pernoita foram identificados a idade (p = 0,001) no grupo da manhã, havendo a partir dos 61,50 anos (Younden index = 0,396) uma maior possibilidade de pernoita (15,3%) e a hora de início da cirurgia (p < 0,0001) no grupo da tarde, sendo que os doentes operados após as 16 horas e trinta minutos (Younden index = 0,492) têm maior possibilidade de pernoita (77,1%).
Discussão: Grande parte dos doentes pernoitou devido à hora em que completou o recobro, uma vez que não se identificou uma causa para tal (84,7%). Caso a nossa Unidade não dispusesse de pernoita teríamos uma taxa global de internamento de 8,4%, que corresponde aos doentes com causa identificada para a pernoita e os doentes internados.
Conclusão: A colecistectomia em ambulatório pode ser realizada em unidades que não disponham de pernoita, desde que as cirurgias decorram no período da manhã, os doentes sejam selecionados de forma criteriosa e exista a possibilidade de internamento.

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Publicado

2020-09-01

Como Citar

1.
Macedo-Alves D, Monteiro JM, Freire L, Guerreiro E. Diferenças entre os Doentes Submetidos a Colecistectomia Laparoscópica com Alta ao Final do Dia Versus Pernoita: Um Estudo Retrospectivo. Acta Med Port [Internet]. 1 de Setembro de 2020 [citado 18 de Julho de 2024];33(9):552-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/12420

Edição

Secção

Original