A Influência do Contexto Genético e Imunológico no Desenvolvimento do Adenoma Colorrectal: Uma Série de Casos

Autores

  • Diogo Garcia Medical Faculty. University of Porto. Porto.
  • Louisa Spaans Maastricht University. Maastricht.
  • Sara Miranda Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Universidade do Porto. Porto.
  • Gilza Gonçalves Institute of Molecular Pathology and Immunology. Universidade do Porto. Porto.
  • Joana Reis Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Universidade do Porto. Porto.
  • José Luís Costa Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Universidade do Porto. Porto.
  • Cecília Durães Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Universidade do Porto. Porto.
  • Fátima Carneiro Medical Faculty. University of Porto. Porto. Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Universidade do Porto. Porto. Institute of Molecular Pathology and Immunology. Universidade do Porto. Porto. Department of Pathology. Medical Faculty. University of Porto. Porto. Department of Pathology. Centro Hospitalar e Universitário São João. Porto.
  • José Carlos Machado Medical Faculty. University of Porto. Porto. Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Universidade do Porto. Porto. Institute of Molecular Pathology and Immunology. Universidade do Porto. Porto. Department of Pathology. Medical Faculty. University of Porto. Porto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.12462

Palavras-chave:

Adenoma/diagnóstico, Adenoma/genética, Inmunohistoquímica, Neoplasias Colorretais/diagnóstico, Neoplasias Colorretais/genética

Resumo

Introdução: A capacidade de contornar a imunovigilância é fundamental na progressão de muitos tumores. Já foram identificadas várias estratégias de escape imunológico, incluindo immunoediting e o estabelecimento de um microambiente imunológico supressivo. O objetivo do presente estudo passa por determinar se o contexto hereditário ou esporádico influencia a relação entre a imunovigilância e o desenvolvimento do tumor, usando adenomas coloretais esporádicos e hereditários, no contexto de polipose adenomatosa familiar, como modelos.
Material e Métodos: Os infiltrados imunológicos tumorais de um total de 58 adenomas coloretais de baixo grau e de 18 de alto grau foram avaliados e comparados, usando imunohistoquímica com marcação para CD3, CD4, CD8, CD57, CD68 e FoxP3.
Resultados: As contagens celulares com imunorreatividade para FoxP3 e CD68 foram significativamente mais elevadas na displasia esporádica de baixo grau (p = 0,0003 e p = 0,0103, respetivamente), enquanto que as contagens para FoxP3 e CD4 foram significativamente mais elevadas na displasia esporádica de alto grau (p = 0,0008 e p = 0,0018, respetivamente) quando comparadas com lesões correspondentes em doentes com polipose adenomatosa familiar.
Discussão: O presente estudo sugere que o microambiente imunológico de lesões esporádicas e hereditárias é diferente. As lesões esporádicas contam com um número superior de células T reguladoras, supressoras da função imunológica, sugerindo-se uma pressão imune seletiva mais forte. Por seu turno, as lesões hereditárias parecem beneficiar de um microambiente imunológico mais tolerante, permitindo o desenvolvimento de lesões com menor infiltrado celular imune.
Conclusão: Este estudo demonstra que as lesões esporádicas contam com contagens de infiltrados imunológicos tumorais superiores, o que poderá refletir uma maior tolerância imunológica face a lesões hereditárias.

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Publicado

2020-05-04

Como Citar

1.
Garcia D, Spaans L, Miranda S, Gonçalves G, Reis J, Costa JL, Durães C, Carneiro F, Machado JC. A Influência do Contexto Genético e Imunológico no Desenvolvimento do Adenoma Colorrectal: Uma Série de Casos. Acta Med Port [Internet]. 4 de Maio de 2020 [citado 17 de Julho de 2024];33(5):297-304. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/12462

Edição

Secção

Original AMP Student