A Influência do Contexto Genético e Imunológico no Desenvolvimento do Adenoma Colorrectal: Uma Série de Casos
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.12462Palavras-chave:
Adenoma/diagnóstico, Adenoma/genética, Inmunohistoquímica, Neoplasias Colorretais/diagnóstico, Neoplasias Colorretais/genéticaResumo
Introdução: A capacidade de contornar a imunovigilância é fundamental na progressão de muitos tumores. Já foram identificadas várias estratégias de escape imunológico, incluindo immunoediting e o estabelecimento de um microambiente imunológico supressivo. O objetivo do presente estudo passa por determinar se o contexto hereditário ou esporádico influencia a relação entre a imunovigilância e o desenvolvimento do tumor, usando adenomas coloretais esporádicos e hereditários, no contexto de polipose adenomatosa familiar, como modelos.
Material e Métodos: Os infiltrados imunológicos tumorais de um total de 58 adenomas coloretais de baixo grau e de 18 de alto grau foram avaliados e comparados, usando imunohistoquímica com marcação para CD3, CD4, CD8, CD57, CD68 e FoxP3.
Resultados: As contagens celulares com imunorreatividade para FoxP3 e CD68 foram significativamente mais elevadas na displasia esporádica de baixo grau (p = 0,0003 e p = 0,0103, respetivamente), enquanto que as contagens para FoxP3 e CD4 foram significativamente mais elevadas na displasia esporádica de alto grau (p = 0,0008 e p = 0,0018, respetivamente) quando comparadas com lesões correspondentes em doentes com polipose adenomatosa familiar.
Discussão: O presente estudo sugere que o microambiente imunológico de lesões esporádicas e hereditárias é diferente. As lesões esporádicas contam com um número superior de células T reguladoras, supressoras da função imunológica, sugerindo-se uma pressão imune seletiva mais forte. Por seu turno, as lesões hereditárias parecem beneficiar de um microambiente imunológico mais tolerante, permitindo o desenvolvimento de lesões com menor infiltrado celular imune.
Conclusão: Este estudo demonstra que as lesões esporádicas contam com contagens de infiltrados imunológicos tumorais superiores, o que poderá refletir uma maior tolerância imunológica face a lesões hereditárias.
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