O Poder Psicoativo dos Alimentos: Análise de um Caso de Intoxicação com Noz-Moscada

Autores

  • Desidério Duarte Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental. Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Faro.
  • Marta Mendonça Medicina Geral e Familiar. Unidade de Saúde Familiar Ria Formosa. Faro.
  • Luís Ramos Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental. Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Faro.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.12541

Palavras-chave:

Condimentos/intoxicação, Intoxicação, Myristica/intoxicação, Perturbações Psicóticas/etiologia

Resumo

A ingestão de noz-moscada em doses elevadas provoca consequências médicas e psiquiátricas potencialmente graves e incapacitantes. Nenhum componente isolado da noz-moscada foi identificado como responsável por todos os sintomas observados durante a intoxicação, contudo, acredita-se que a miristicina, que é um dos componentes dos óleos essenciais desta especiaria, é o responsável pela maioria dos efeitos psicoativos, embora o mecanismo exato não seja conhecido. Outros constituintes, como a elemicina, também podem estar envolvidos. Os sintomas da intoxicação iniciam-se três a seis horas após a sua ingestão, remitindo nas primeiras 24 a 48 horas, e normalmente não deixam sequelas. Neste trabalho apresentamos o caso de um homem que após o consumo de 18 a 28 g de noz-moscada desenvolveu um episódio psicótico grave, com discurso desorganizado, agitação psicomotora e ideação delirante mística/grandiosa. A sintomatologia remitiu rapidamente e após um ano de estabilidade clínica sem terapêutica, teve alta da consulta da especialidade.

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Publicado

2021-03-31

Como Citar

1.
Duarte D, Mendonça M, Ramos L. O Poder Psicoativo dos Alimentos: Análise de um Caso de Intoxicação com Noz-Moscada. Acta Med Port [Internet]. 31 de Março de 2021 [citado 22 de Novembro de 2024];34(4):298-300. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/12541

Edição

Secção

Caso Clínico