Migração dos Jovens Médicos: O Caso dos Internos de Psiquiatria em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.12562Palavras-chave:
Emigração e Imigração, Internato e Residência, Local de Trabalho, Médicos, Motivation, Portugal, Psiquiatria, Satisfação ProfissionalResumo
Introdução: Nas últimas décadas, a migração médica internacional tem aumentado continuamente. Na Psiquiatria, existe uma grande disparidade de recursos humanos entre países desenvolvidos e com baixo desenvolvimento económico. No entanto, pouco se sabe sobre os fatores que atraem (push) ou afastam (pull) a mobilidade e quais as intenções migratórias dos internos de psiquiatria. O objetivo deste estudo é avaliar os fatores que influenciam o processo de tomada de decisão dos internos de Psiquiatria em Portugal relativamente à migração.
Material e Métodos: Um questionário foi desenvolvido no âmbito do estudo Brain Drain, e foi enviado aos internos de Psiquiatria em Portugal.
Resultados: A amostra é constituída por 104 internos de Psiquiatria (60,6% do sexo feminino). No geral, 40,4% dos internos tiveram uma experiência de mobilidade e a maioria (96,9%) sentiu que esta os influenciou positivamente na sua atitude em relação à migração. Cerca de 75% dos internos já considerou emigrar, mas a maioria (70,0%) não deu nenhum passo nessa direção. A principal razão para permanecer no país prende-se com factores pessoais, enquanto o principal motivo para emigrar é financeiro. A maioria (55,7%) dos internos estava insatisfeito ou muito insatisfeito com o seu salário, condições de trabalho e oportunidades académicas.
Discussão: Condições de trabalho, salários e oportunidades académicas são os principais estímulos para a emigração nos internos de Psiquiatria em Portugal.
Conclusão: Estes resultados poderão apoiar a tomada de decisão dos decisores em saúde e educação médica sobre os investimentos necessários e a sua influência na força laboral futura.
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