Migração dos Jovens Médicos: O Caso dos Internos de Psiquiatria em Portugal

Autores

  • Mariana Pinto da Costa Psychiatry Department. Hospital de Magalhães Lemos. Porto. Portugal. Institute of Biomedical Sciences Abel Salazar. University of Porto. Porto. Portugal. Unit for Social and Community Psychiatry (WHO Collaborating Centre for Mental Health Services Development). Queen Mary University of London. London.
  • Cátia Moreira Psychiatry Department. Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. Lisboa.
  • Luis F. S. Castro-de-Araujo Centre of Data and Knowledge Integration for Health (CIDACS). Instituto Gonçalo Muniz. Fundação Osvaldo Cruz. Salvador. Brazil. Department of Psychiatry. The University of Melbourne. Victoria.
  • Fábio Monteiro da Silva Psychiatry Department. Hospital de Magalhães Lemos. Porto.
  • Renato Antunes dos Santos Department of Psychiatry. Douglas Mental Health University Institute. McGill University. Montréal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.12562

Palavras-chave:

Emigração e Imigração, Internato e Residência, Local de Trabalho, Médicos, Motivation, Portugal, Psiquiatria, Satisfação Profissional

Resumo

Introdução: Nas últimas décadas, a migração médica internacional tem aumentado continuamente. Na Psiquiatria, existe uma grande disparidade de recursos humanos entre países desenvolvidos e com baixo desenvolvimento económico. No entanto, pouco se sabe sobre os fatores que atraem (push) ou afastam (pull) a mobilidade e quais as intenções migratórias dos internos de psiquiatria. O objetivo deste estudo é avaliar os fatores que influenciam o processo de tomada de decisão dos internos de Psiquiatria em Portugal relativamente à migração.
Material e Métodos: Um questionário foi desenvolvido no âmbito do estudo Brain Drain, e foi enviado aos internos de Psiquiatria em Portugal.
Resultados: A amostra é constituída por 104 internos de Psiquiatria (60,6% do sexo feminino). No geral, 40,4% dos internos tiveram uma experiência de mobilidade e a maioria (96,9%) sentiu que esta os influenciou positivamente na sua atitude em relação à migração. Cerca de 75% dos internos já considerou emigrar, mas a maioria (70,0%) não deu nenhum passo nessa direção. A principal razão para permanecer no país prende-se com factores pessoais, enquanto o principal motivo para emigrar é financeiro. A maioria (55,7%) dos internos estava insatisfeito ou muito insatisfeito com o seu salário, condições de trabalho e oportunidades académicas.
Discussão: Condições de trabalho, salários e oportunidades académicas são os principais estímulos para a emigração nos internos de Psiquiatria em Portugal.
Conclusão: Estes resultados poderão apoiar a tomada de decisão dos decisores em saúde e educação médica sobre os investimentos necessários e a sua influência na força laboral futura.

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Publicado

2021-06-30

Como Citar

1.
Pinto da Costa M, Moreira C, Castro-de-Araujo LFS, da Silva FM, dos Santos RA. Migração dos Jovens Médicos: O Caso dos Internos de Psiquiatria em Portugal. Acta Med Port [Internet]. 30 de Junho de 2021 [citado 18 de Julho de 2024];34(7-8):533-40. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/12562

Edição

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