Queda na Comunidade em Amputados Unilaterais do Membro Inferior: Um Estudo Português

Autores

  • Gonçalo Engenheiro Serviço de Medicina Física e de Reabilitação. Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga. Santa Maria da Feira. https://orcid.org/0000-0002-0408-8148
  • João Pinheiro Departamento de Medicina Física e de Reabilitação. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Departamento de Medicina Física e de Reabilitação. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra.
  • Joana Santos Costa Departamento de Medicina Física e de Reabilitação. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Departamento de Medicina Física e de Reabilitação. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra.
  • Amílcar Cordeiro Departamento de Medicina Física e de Reabilitação. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Departamento de Medicina Física e de Reabilitação. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra.
  • Susana Ramos Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física. Universidade de Coimbra. Coimbra.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.12615

Palavras-chave:

Amputação/reabilitação, Amputados/reabilitação, Extremidade Inferior, Quedas Acidentais

Resumo

Introdução: Amputados do membro inferior apresentam um elevado risco de queda. Neste estudo pretende-se caracterizar a história de queda em amputados unilaterais de membros inferiores, autónomos da comunidade, identificar diferenças entre transfemorais e transtibiais e avaliar diferenças no medo de cair entre os que caíram e os que não caíram.
Material e Métodos: Estudo descritivo, transversal, de amputados unilaterais de membros inferiores, adultos, residentes na comunidade, de qualquer etiologia, consecutivamente recrutados da consulta do serviço de Medicina Física e de Reabilitação de um hospital central e universitário de Portugal. Critérios de inclusão: reabilitação de 12 semanas para treino protético; uso regular de prótese superior a um ano, marcha autónoma e Medida de Independência Funcional® igual ou superior a 100. A gravidade de queda foi classificada recorrendo à National Database of Nursing Quality Indicators® injury falls measure e a capacidade de andar e medo de cair com, respetivamente, o 10-meter walk test e a Falls Efficacy Scale.
Resultados: Foi analisado um total de 52 amputados, maioritariamente homens (80,8%) e de etiologia traumática (63,5%) e com idade média 57,21 ± 11,55 anos, dos quais 36,5% relataram pelo menos uma queda, todas de baixa gravidade. Os transfemorais (n = 23) apresentaram mais quedas (2,22 ± 3,23, p = 0,025) e menor velocidade de marcha (0,77 ± 0,26 m por segundo, p < 0,001). Relativamente ao medo de cair, não encontrámos diferenças significativas entre doentes amputados com e sem história de quedas.
Discussão: A prevalência e gravidade de queda foi baixa. Amputados transfemorais apresentaram mais quedas e menor velocidade de marcha. Não existiram diferenças no medo de cair em função da história de queda.
Conclusão: Este trabalho acrescenta informação acerca dos amputados do membro inferior portugueses, cujos estudos são escassos e raramente dedicados a queda.

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Publicado

2020-10-01

Como Citar

1.
Engenheiro G, Pinheiro J, Costa JS, Cordeiro A, Ramos S. Queda na Comunidade em Amputados Unilaterais do Membro Inferior: Um Estudo Português. Acta Med Port [Internet]. 1 de Outubro de 2020 [citado 25 de Novembro de 2024];33(10):675-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/12615

Edição

Secção

Original