Um Novo Paradigma em Investigação em Saúde: Dados FAIR (Localizáveis, Acessíveis, Interoperáveis, Reutilizáveis)
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.12910Palavras-chave:
Bases de Dados Factuais, Disseminação da Informação, Gestão da Informação em Saúde, Investigação, Metadados, Sistemas de Informação em SaúdeResumo
Vivemos uma nova era digital que está a transformar a saúde, os modelos de cuidados e serviços de saúde, e o próprio papel da sociedade nesta realidade. Atualmente dispomos de uma grande quantidade de dados de saúde armazenados, incluindo dados clínicos, biométricos e de investigação científica, cuja potencialidade não está a ser devidamente explorada. É essencial favorecer a partilha e reutilização destes dados não só na investigação, como também para o desenvolvimento de tecnologias para melhorar a eficiência dos cuidados de saúde, de produtos ou serviços de saúde digitais, promover uma medicina preventiva e individualizada, mas também o empoderamento da população em literacia em saúde e na gestão da doença. Recentemente, surgiu o conceito FAIR que implica que os dados de saúde sejam facilmente localizáveis, acessíveis, partilhados e reutilizáveis, facilitando desta forma a interoperacionalidade entre sistemas e assegurando a proteção de dados pessoais e sensíveis. Neste artigo é feita uma revisão do conceito FAIR, processo de ‘FAIRificação’, dados FAIR versus dados de acesso livre, questões de éticas e o regulamento geral de proteção de dados, e saúde digital e ciência cidadã.
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