Contributos para a Validação da Versão Portuguesa do EQ-5D

Autores

  • Pedro Lopes Ferreira Centro de Estudos e Investigação em Saúde. Faculdade de Economia. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Lara Noronha Ferreira Centro de Estudos e Investigação em Saúde. Faculdade de Economia. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Centro de Investigação sobre o Espaço e as Organizações. Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo. Universidade do Algarve. Faro. Portugal.
  • Luis Nobre Pereira Centro de Investigação sobre o Espaço e as Organizações. Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo. Universidade do Algarve. Faro. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.1317

Resumo

Introdução: O EQ-5D permite a junção de duas componentes essenciais de qualquer medida de qualidade de vida relacionada com a saúde a ser usada em avaliações económicas de custo-utilidade: (i) um perfil descrevendo o estado de saúde em termos de domínios ou dimensões; e (ii) um valor numérico associado ao estado de saúde anteriormente descrito.
Objectivo: A versão portuguesa do questionário EQ-5D foi finalizada em 1998, com base em normas de orientação definidas pelo Grupo EuroQol, incluindo os procedimentos de tradução e retroversão. Apesar da sua larga utilização em Portugal, até agora ainda não tinham sido publicados os estudos que conduziram inicialmente à versão portuguesa e à garantia de aceitabilidade, fiabilidade e validade. O propósito do presente artigo é, assim, documentar estes primeiros valores referentes à versão portuguesa do EQ-5D.
Material e Métodos: Foram utilizadas três amostras diferentes: uma primeira com 1.500 indivíduos representativa da população
portuguesa; uma segunda com 140 indivíduos apenas destinada ao teste da fiabilidade; e uma terceira amostra com 643 indivíduos doentes com cataratas, asma, doença pulmonar obstrutiva crónica ou artrite reumatoide.
Resultados: A aceitabilidade foi avaliada pelo número de respostas em falta. Foi também encontrado um marcado efeito de teto com grande parte da amostra a não reportar quaisquer problemas nas dimensões do EQ-5D.
Discussão: A validade de construção foi testada pela análise do grau com que valores baixos de EQ-5D estavam positivamente associados ao aumento da idade, ao ser do sexo feminino, e ao estar doente, assim como a valores de dimensões da escala SF-36v2. A validade convergente foi baseada nas correlações entre valores do EQ-5D e outras escalas específicas de condição de saúde. O EQ-5D apresentou correlações moderadas a altas com outras medidas de estado de saúde e de qualidade de vida relacionada com a saúde, específicas de cada doença.
Conclusão: A versão portuguesa do EQ-5D tem uma boa aceitabilidade, fiabilidade e validade na medição do estado de saúde.

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Biografias Autor

Pedro Lopes Ferreira, Centro de Estudos e Investigação em Saúde. Faculdade de Economia. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Professor Associado com Agregação da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

Diretor do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra

Lara Noronha Ferreira, Centro de Estudos e Investigação em Saúde. Faculdade de Economia. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Centro de Investigação sobre o Espaço e as Organizações. Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo. Universidade do Algarve. Faro. Portugal.

Professora Adjunta da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve

Investigadora do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra

Luis Nobre Pereira, Centro de Investigação sobre o Espaço e as Organizações. Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo. Universidade do Algarve. Faro. Portugal.

Luis Nobre Pereira é Professor Adjunto da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve

Investigador do Centro de Investigação sobre o Espaço e as Organizações (CIEO)

Publicado

2013-12-20

Como Citar

1.
Ferreira PL, Ferreira LN, Pereira LN. Contributos para a Validação da Versão Portuguesa do EQ-5D. Acta Med Port [Internet]. 20 de Dezembro de 2013 [citado 19 de Maio de 2024];26(6):664-75. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/1317