Pediatria do Neurodesenvolvimento em Portugal: Movimento Hospitalar Assistencial, Recursos e Necessidades – Evolução em Dez Anos

Autores

  • Guiomar Oliveira Serviço do Centro de Desenvolvimento da Criança. Centro de Investigação e Formação Clínica. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Clínica Universitária de Pediatria. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra.
  • Inês Nunes Vicente Serviço do Centro de Desenvolvimento da Criança. Centro de Investigação e Formação Clínica. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Micaela Guardiano Serviço de Pediatria. Unidade de Neurodesenvolvimento. Centro Universitário Hospitalar de São João. Porto.
  • Liza Aguiar Serviço de Pediatria. Unidade de Neurodesenvolvimento. Hospital de Santarém. Santarém.
  • Susana Loureiro Serviço de Pediatria. Unidade de Neurodesenvolvimento. Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu.
  • Rosa Gouveia Serviço de Pediatria. Centro de Neurodesenvolvimento Infantil Logicamentes. Lisboa.
  • Filipe Glória Silva Serviço de Pediatria. Consulta de Neurodesenvolvimento. Hospital CUF Sintra. Sintra.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.13316

Palavras-chave:

Hospitais, Pediatria, Perturbações do Neurodesenvolvimento, Portugal, Recursos em Saúde

Resumo

Introdução: As perturbações do neurodesenvolvimento são, nas sociedades modernas, as patologias crónicas mais frequentes da idade pediátrica. Muitas permanecem na vida adulta. A organização da rede de cuidados de saúde nacional carece de conhecimento fundamentado das necessidades assistenciais para lhes responder de um modo eficaz, eficiente e efetivo. Com o objetivo de conhecer a realidade assistencial hospitalar atual da Pediatria do Neurodesenvolvimento, a Sociedade de Pediatria do Neurodesenvolvimento da Sociedade Portuguesa de Pediatria procedeu a um levantamento nacional em 2007, repetindo-o dez anos depois.
Material e Métodos: No biénio 2016-2017 procedeu-se a um inquérito dirigido ao universo de 45 unidades hospitalares abrangendo o movimento assistencial das consultas de Pediatria do Neurodesenvolvimento, a alocação de recursos humanos, e as necessidades de reforço de profissionais.
Resultados: Obteve-se 100% de respostas. O número total de consultas de Pediatria do Neurodesenvolvimento subiu de 38 238 (2007) para 99 815 (2017). O número de profissionais também aumentou: os pediatras passaram de 82 a 156. Uma mediana de 101 crianças aguardavam primeira consulta, contra 185 em 2007.
Discussão: Numa década, o movimento assistencial quase triplicou. O reforço de profissionais, apesar de positivo, não teve o mesmo incremento; ainda assim, o número de crianças em lista de espera para primeira consulta reduziu-se quase para metade, o que reflete o comprometimento dos profissionais.
Conclusão: É de salientar a melhoria global da resposta nacional na área da Pediatria do Neurodesenvolvimento. Contudo, o reforço dos recursos humanos numa perspectiva pluridisciplinar não deve ser negligenciado, tendo em vista a melhoria contínua da prestação de cuidados numa área de grande cronicidade e complexidade.

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Biografia Autor

Guiomar Oliveira, Serviço do Centro de Desenvolvimento da Criança. Centro de Investigação e Formação Clínica. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Clínica Universitária de Pediatria. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra.

Tem tese sobre Autismo

 

Publicado

2021-03-01

Como Citar

1.
Oliveira G, Nunes Vicente I, Guardiano M, Aguiar L, Loureiro S, Gouveia R, Glória Silva F. Pediatria do Neurodesenvolvimento em Portugal: Movimento Hospitalar Assistencial, Recursos e Necessidades – Evolução em Dez Anos. Acta Med Port [Internet]. 1 de Março de 2021 [citado 18 de Julho de 2024];34(3):185-93. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/13316

Edição

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