Análise dos Alertas Sobre os Dispositivos Médicos Emitidos pela Agência Portuguesa do Medicamento: Delineando o Propósito de Novas Recomendações Regulatórias
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.13419Palavras-chave:
Equipamentos e Suprimentos, Segurança do Doente/legislação & jurisprudênciaResumo
Introdução: Os dispositivos médicos são tecnologias de saúde com um significativo crescimento a nível mundial. Foi objetivo deste trabalho analisar os alertas sobre dispositivos médicos emitidos pela Agência Portuguesa do Medicamento: INFARMED, I.P. durante 2017, identificar as respetivas ações regulatórias e sugerir recomendações.
Material e Métodos: Todos os alertas e ações sobre dispositivos médicos publicamente disponíveis no website do INFARMED, I.P. foram identificados e analisados. Adicionalmente, os relatórios da autoridade competente nacional sobre dispositivos médicos foram comparados com relatórios de outros países da União Europeia como a Alemanha.
Resultados: Identificou-se um total de 32 alertas de segurança de dispositivos médicos: 18 (56%) sem registos de comercialização em Portugal, seis (19%) voluntariamente retirados do mercado, como produtos contrafeitos, e oito (25%) categorizados como ‘outros’. Em Portugal e na Alemanha foram identificados 0,28 e 4,53 relatórios de autoridades competentes por milhão de habitantes, respetivamente. Diversas ações regulamentares foram tomadas, como seis indicações obrigatórias para não adquirir ou utilizar dispositivos médicos.
Discussão: Considerando que a União Europeia é um mercado aberto no qual os cidadãos detêm igual acesso à utilização de dispositivos médicos, o sistema Português de alertas de segurança sobre estes dispositivos parece ter uma atividade normal. Os alertas de segurança identificados aparentam ser relevantes, com Portugal a registar um número ligeiramente inferior de alertas quando proporcionalmente comparado com outros mercados de maior volume de vendas, o que eventualmente pode ser explicado por uma subnotificação deste tipo de problemas. São necessários estudos adicionais para confirmar estes resultados preliminares, sendo o desenvolvimento de bases de dados sobre o uso de dispositivos médicos pelos doentes recomendado de forma a gerar emails e alertas telefónicos automáticos.
Conclusão: Foi identificado um número limitado de alertas de segurança em dispositivos médicos em Portugal, com escassas notificações de contrafação ou falsificação. A Agência Portuguesa de Medicamentos contribui para o acesso dos cidadãos a dispositivos médicos de qualidade, através da emissão de alertas de segurança, recomendações e retirada obrigatória de dispositivos médicos inadequados ou inseguros do mercado.
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