A Ploidia de ADN é um Biomarcador Prognóstico Independente no Carcinoma Ductal Invasivo da Mama

Autores

  • António E Pinto Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.. Lisboa. Portugal.
  • Teresa Pereira Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.. Lisboa. Portugal.
  • Giovani L Silva Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa & Departamento de Matemática do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Mónica C Ferreira Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.. Lisboa. Portugal.
  • Saudade André Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.1356

Resumo

Objectivos: Avaliar parâmetros prognósticos ‘clássicos’, bem como a ploidia de ADN e a fase S , em relação com o intervalo livre dedoença e a sobrevivência global no carcinoma ductal invasivo da mama com follow-up de longo prazo.Materiais e Métodos: O estudo envolveu 400 doentes com carcinoma ductal invasivo da mama e um follow-up mediano de 134 meses(50-240). O grau histológico, tamanho tumoral, envolvimento ganglionar axilar, estadiamento patológico e expressão dos receptoreshormonais foram analisados como marcadores prognósticos convencionais. A ploidia e fase S foram determinadas prospectivamentepor citometria de fluxo de ADN em tecido fresco/congelado. Foi usado um modelo de regressão de Cox para análise estatística dasvariáveis prognósticas.Resultados: Ocorreram 106 mortes (26,5%) e 141 recorrências da doença (35,2%) durante o follow-up. Duzentos e trinta e cincotumores (58,7%) foram considerados aneuploides. Fase S alta e aneuploidia associaram-se com tumores com maior grau de diferenciação,maior tamanho e receptores hormonais negativos. Em análise univariada, todos os parâmetros clínico-patológicos e citométricos(incluindo doentes com < 40 anos e um subgrupo apresentando tumores hipertetraploides/multiploides), com excepção de faseS e receptores de estrogénios para intervalo livre de doença, correlacionaram-se significativamente com o curso clínico. Em análisemultivariada, o estádio avançado da doença, a aneuploidia e a ausência de receptores de progesterona apresentaram uma associaçãosignificativa com menor sobrevivência. No subgrupo de doentes com tumores de intermédia diferenciação (G2), a aneuploidiaassociou-se com pior prognóstico. No subgrupo sem envolvimento ganglionar, apenas os receptores de estrogénios mostraram correlaçãosignificativa com a evolução da doença. Nas doentes com envolvimento ganglionar, o maior tamanho tumoral e a aneuploidia(em relação com sobrevivência global) foram indicadores de pior prognóstico.Conclusão: A par do estadiamento da doença e expressão dos receptores hormonais, a ploidia de ADN é um biomarcador prognósticoindependente no carcinoma ductal invasivo da mama com follow-up de longo prazo.

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Publicado

2013-01-28

Como Citar

1.
Pinto AE, Pereira T, Silva GL, Ferreira MC, André S. A Ploidia de ADN é um Biomarcador Prognóstico Independente no Carcinoma Ductal Invasivo da Mama. Acta Med Port [Internet]. 28 de Janeiro de 2013 [citado 22 de Dezembro de 2024];25(6):399-407. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/1356