O Impacto a Longo Prazo da Síndrome Pós-Trombótica Numa Coorte Retrospetiva no Norte de Portugal

Autores

  • Inês Mendes-Andrade Faculty of Medicine. University of Porto. Porto. Department of Physical Medicine and Rehabilitation. Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. Cascais.
  • Marina Dias-Neto Department of Surgery and Physiology. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Cardiovascular Research & Development Unit. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto.
  • João Rocha-Neves Department of Angiology and Vascular Surgery. São João Hospital. Porto. Unit of Anatomy. Department of Biomedicine. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto.
  • Armando Mansilha Department of Surgery and Physiology. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Cardiovascular Research & Development Unit. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.13567

Palavras-chave:

Insuficiência Venosa, Qualidade de Vida, Síndrome Pós-Trombótica

Resumo

Introdução: A síndrome pós-trombótica é uma complicação frequente da trombose venosa profunda, contudo a incidência em Portugal é desconhecida. O principal objetivo é determinar a incidência e gravidade da síndrome pós-trombótica após primeiro episódio de trombose venosa profunda.
Material e Métodos: Estudo de coorte observacional, unicêntrico e retrospetivo de doentes com primeiro episódio de trombose venosa profunda do membro inferior documentado por eco-doppler (n = 101). O score Villalta modificado foi aplicado por entrevista telefónica para diagnóstico e categorização da síndrome pós-trombótica. A qualidade de vida dos pacientes foi avaliada pela classificação CIVIQ -14 ajustada.
Resultados: A mediana do tempo de seguimento foi de seis anos. A síndrome pós-trombótica grave esteve presente em 27% e
moderada em 33%. A prática de atividade física no momento da entrevista esteve associada a uma menor incidência de síndrome
pós-trombótica (risco relativo = 0,489; intervalo de confiança de 95% = 0,320 - 0,748). O aumento de peso após trombose venosa profunda (risco relativo = 2,188; intervalo de confiança de 95% = 1,137 - 4,210) e menores habilitações literárias (risco relativo = 2,005; intervalo de confiança de 95% = 1,297 - 3,098) revelaram associação positiva com síndrome pós-trombótica. A qualidade de vida correlacionou-se com a síndrome pós-trombótica, sendo 90 ± 17, 64 ± 18 e 43 ± 15 em doentes sem síndrome pós-trombótica, com síndrome pós-trombótica moderada e com síndrome pós-trombótica severa, respetivamente (p < 0,001).
Discussão: Nesta coorte de doentes no Norte de Portugal, a incidência a longo prazo da síndrome pós-trombótica é superior a outros estudos e correlaciona-se com piores resultados na classificação CIVIQ-14 ajustada.
Conclusão: Estudos prospetivos são necessários para maior evidência.

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Publicado

2021-01-04

Como Citar

1.
Mendes-Andrade I, Dias-Neto M, Rocha-Neves J, Mansilha A. O Impacto a Longo Prazo da Síndrome Pós-Trombótica Numa Coorte Retrospetiva no Norte de Portugal. Acta Med Port [Internet]. 4 de Janeiro de 2021 [citado 30 de Junho de 2024];34(1):35-43. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/13567

Edição

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