Avaliação Retrospetiva da Reconstrução Oncológica da Cabeça e Pescoço com 114 Retalhos Livres num Centro Oncológico Terciário Português
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.13734Palavras-chave:
Complicações Pós-Operatórias, Neoplasias de Cabeça e Pescoço/cirurgia, Procedimentos Cirúrgicos Reconstrutivos, Retalhos de Tecido BiológicoResumo
Introdução: A experiência portuguesa na reconstrução microcirúrgica da cabeça e pescoço após cirurgia oncológica está escassamente descrita. O objectivo deste estudo foi caracterizar a reconstrução microcirúrgica da cabeça e pescoço num centro de referência terciário português.
Material e Métodos: Os autores avaliaram retrospetivamente 114 procedimentos de retalhos livres microvasculares realizados para reconstrução de cabeça e pescoço após ressecção oncológica num departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço de um centro oncológico terciário português. Os doentes foram operados no período de janeiro de 2012 a maio de 2018. Foram registadas as características demográficas dos doentes, as características do tumor, as complicações peri operatórias, os resultados estéticos e funcionais pós-operatórios, bem como o tempo de sobrevida e o tempo de recorrência.
Resultados: A maior parte dos tumores estava localizada na região oral (95,6%), sendo o carcinoma de células escamosas o tipo histológico mais frequente. Os retalhos antebraquial radial e fibular foram as opções reconstrutivas mais usadas (58% e 41%, respetivamente). Mais de 80% dos doentes não apresentaram complicações pós-operatórias. A necrose parcial do retalho ocorreu em sete doentes (6,1%), enquanto a necrose total do retalho ocorreu em apenas quatro casos (3,5%). Os resultados estéticos e funcionais foram considerados pelo menos satisfatórios em todos os doentes em que os retalhos sobreviveram.
Conclusão: A reconstrução microvascular parece ser uma opção fiável e eficaz no âmbito da cirurgia oncológica de cabeça e pescoço na nossa instituição.
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