HIPTCN: Estudo Prospetivo Observacional de Doentes Traumatizados Cranioencefálicos Hipocoagulados com Tomografia Computorizada Inicial Normal

Autores

  • Pedro Duarte-Batista Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa. https://orcid.org/0000-0002-4436-4485
  • Nuno Cubas Farinha Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa. https://orcid.org/0000-0002-2499-6610
  • Renata Marques Serviço de Neurocirurgia. Hospital De Braga. Braga.
  • João Páscoa Pinheiro Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • João Silva Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar do Porto. Porto.
  • Rui Tuna Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar de São João. Porto.
  • José Hipólito Reis Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Cristiano Antunes Serviço de Neurocirurgia. Hospital De Braga. Braga.
  • Maria João Machado Serviço de Neurocirurgia. Hospital De Braga. Braga.
  • Samuel Sequeira Lemos Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Jessica Branco Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Diogo Roque Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Diogo Simão Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Nuno Simas Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Wilson Teixeira Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Cátia Felício Serviço de Cirurgia Geral. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Miguel Ferreira Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar do Porto. Porto.
  • Eduardo Cunha Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar do Porto. Porto.
  • Luís Rocha Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar do Porto. Porto.
  • Gonçalo Figueiredo Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar do Porto. Porto.
  • Carolina Noronha Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar do Porto. Porto.
  • Vasco Pinto Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar do Porto. Porto.
  • Filipe Silva Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar do Porto. Porto.
  • Ana Ferreira Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar de São João. Porto.
  • Osvaldo Sousa Serviço de Neurocirurgia. Centro Hospitalar de São João. Porto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.13770

Palavras-chave:

Anticoagulantes, Estudo Multicêntrico, Hemorragia Intracraniana Traumática, Lesões Encefálicas Traumáticas, Procedimentos Neurocirúrgicos, Tomografia Computorizada de Feixe Cónico Espiral

Resumo

Introdução: O nosso protocolo nacional para traumatismos cranioencefálicos recomenda que doentes hipocoagulados com trauma craniano ligeiro e tomografia inicial sem alterações traumáticas intracranianas sejam hospitalizados 24 horas e façam uma tomografia computorizada pós-vigilância. O principal objetivo deste estudo foi avaliar a relevância clínica dessas medidas.
Material e Métodos: Foi realizado em quatro hospitais um estudo prospetivo e observacional. Foram incluídos adultos hipocoagulados com trauma craniano e tomografia normal. Os principais outcomes avaliados foram: taxa de hemorragia intracraniana tardia, taxa de internamento numa enfermaria de neurocirurgia, taxa de complicações relacionadas com a vigilância e taxa de hospitalização prolongada por complicações.
Resultados: Foram incluídos um total de 178 doentes. Quatro doentes (2,3%) apresentaram hemorragia tardia e três (1,7%) foram mantidos hospitalizados numa enfermaria de Neurocirurgia. Não foram documentados casos de hemorragia tardia sintomática. Nenhuma cirurgia foi necessária e em todos estes doentes a anticoagulação foi interrompida. Durante a vigilância, foram relatadas complicações em sete doentes (3,9%), dos quais dois exigiram hospitalização prolongada.
Discussão: A taxa de complicações relacionadas com a vigilância foi maior do que a taxa de hemorragia tardia. O período inicial de vigilância intra-hospitalar não trouxe qualquer vantagem, já que o manejo dos doentes nunca foi ditado por alterações neurológicas. A tomografia pós-vigilância desempenhou um papel importante na decisão sobre a suspensão da anticoagulação e o prolongamento da hospitalização.
Conclusão: A hemorragia tardia é um evento raro e a necessidade de cirurgia ainda mais. Deve ser reavaliada a necessidade de vigilância intra-hospitalar.

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Publicado

2021-06-01

Como Citar

1.
Duarte-Batista P, Farinha NC, Marques R, Pinheiro JP, Silva J, Tuna R, Reis JH, Antunes C, Machado MJ, Lemos SS, Branco J, Roque D, Simão D, Simas N, Teixeira W, Felício C, Ferreira M, Cunha E, Rocha L, Figueiredo G, Noronha C, Pinto V, Silva F, Ferreira A, Sousa O. HIPTCN: Estudo Prospetivo Observacional de Doentes Traumatizados Cranioencefálicos Hipocoagulados com Tomografia Computorizada Inicial Normal. Acta Med Port [Internet]. 1 de Junho de 2021 [citado 30 de Junho de 2024];34(6):413-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/13770

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