Inibidores da PARP: do mecanismo de ação à prática clínica

Autores

  • Cátia Branco Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto.
  • Joana Paredes Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Instituto de Inovação e Investigação em Saúde [i3S]. Porto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.13870

Palavras-chave:

Genes BRCA1, Genes BRCA2, Inibidores de Poli(ADP-Ribose) Polimerases, Neoplasias

Resumo

A reparação dos danos que ocorrem na molécula de ADN é fundamental para manter a integridade do genoma e a viabilidade celular. Défices nos mecanismos de reparação desta molécula cursam com um aumento do risco para instabilidade genética e contribuem para a transformação neoplásica. As poly (ADP-ribose) polymerases (PARP) são um grupo de enzimas que apresentam um papel chave na sinalização e reparação dos erros no ADN. A inibição da sua atividade é uma estratégia terapêutica que tira partido do mecanismo de letalidade sintética e que pode ser usada no tratamento de tumores com defeitos específicos nas vias de reparação de ADN, nomeadamente em tumores com mutações nos genes supressores tumorais BRCA1 e BRCA2. Existem vários inibidores das PARP (iPARP) já aprovados pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos da América e pela Agência Europeia do Medicamento e utilizados no tratamento do cancro da mama, ovário, pâncreas e próstata. No entanto, tal como acontece com outras terapias alvo, a resistência aos iPARP é comum apesar de bem tolerados e amplamente utilizados na prática clínica, e pode desenvolver-se através de vários mecanismos moleculares. Neste artigo, pretendemos realizar uma revisão atualizada sobre os iPARP e o seu principal modo de ação em células tumorais, dando a conhecer os vários mecanismos de resistência que têm sido recentemente revelados, assim como as atuais aplicações clínicas e a toxicidade associada a esta terapia alvo.

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Publicado

2022-02-01

Como Citar

1.
Branco C, Paredes J. Inibidores da PARP: do mecanismo de ação à prática clínica. Acta Med Port [Internet]. 1 de Fevereiro de 2022 [citado 18 de Julho de 2024];35(2):135-43. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/13870

Edição

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