Desenvolvimento e Implementação de um Registo de Doentes: Experiência de um Centro de Esclerose Múltipla em Portugal

Autores

  • João de Sá Serviço de Neurologia. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa. Departamento de Neurologia. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • João Ferreira Serviço de Neurologia. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Ana Macedo Keypoint – Consultoria Científica Lda. Algés.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.13933

Palavras-chave:

Esclerose Múltipla, Estudos Prospetivos, Estudos Retrospetivos, Processos Clínicos, Registos

Resumo

Introdução: Registos de doentes permitem avaliar melhor resultados terapêuticos e suportar a personalização de cuidados de saúde em diversas patologias. Este trabalho teve como objetivos: implementar um registo local num centro de esclerose múltipla em Portugal; proceder a uma análise crítica das suas etapas de desenvolvimento; e realizar uma primeira análise dos doentes incluídos.
Material e Métodos: A criação do registo dividiu-se em duas fases: desenvolvimento (construção da plataforma online) e implementação (recrutamento de doentes e recolha retrospetiva e prospetiva da informação disponível). Realizou-se uma análise demográfica e clínica dos doentes incluídos.
Resultados: Especialistas em Neurologia e coordenadores de estudo participaram no projeto, num total de 1050 horas de trabalho na fase de implementação. Dos 498 doentes com esclerose múltipla incluídos no estudo, 72,9% eram do género feminino, tendo sido identificada como subtipo de doença mais comum a esclerose múltipla surto remissão. Os fármacos mais frequentemente prescritos após diagnóstico foram interferões beta. Detetaram-se lacunas no processo clínico dos doentes relativamente à progressão da incapacidade e a exames complementares de diagnóstico.
Discussão: As dificuldades encontradas poderão ser mitigadas através da definição de elementos obrigatórios nos processos clínicos dos doentes e da implementação de registos mais minimalistas. Este procedimento possibilitaria reduzir o tempo despendido por profissionais de saúde na recolha de informação, otimizar custos, e permitir o foco na utilização do registo e ferramentas associadas ao mesmo para personalização de cuidados de saúde.
Conclusão: Apesar do volume de dados recolhidos no âmbito deste estudo, foram encontradas dificuldades que comprometeram a implementação e manutenção do registo, que poderão ser ultrapassadas com a otimização de estratégias futuras.

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Biografia Autor

Ana Macedo, Keypoint – Consultoria Científica Lda. Algés.

Professor Auxiliar Convidada da Faculdade de Medicina at Universidade do Algarve
Universidade do Algarve   Universitat Autònoma de Barcelona

Publicado

2022-05-02

Como Citar

1.
de Sá J, Ferreira J, Macedo A. Desenvolvimento e Implementação de um Registo de Doentes: Experiência de um Centro de Esclerose Múltipla em Portugal. Acta Med Port [Internet]. 2 de Maio de 2022 [citado 30 de Junho de 2024];35(5):328-35. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/13933

Edição

Secção

Original