Recomendações sobre a Utilização de Fármacos Psicotrópicos durante a Pandemia COVID-19

Autores

  • Gabriela Andrade Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Lisboa. Clínica Universitária de Psiquiatria e Psicologia Médica. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. https://orcid.org/0000-0003-3049-4390
  • Frederico Simões do Couto Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Lisboa. Instituto de Farmacologia e Neurociências. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • Luis Câmara-Pestana Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Lisboa. Clínica Universitária de Psiquiatria e Psicologia Médica. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.13976

Palavras-chave:

COVID-19, Fármacos Psicotrópicos, Pandemia, Psiquiatria

Resumo

Introdução: A pandemia de COVID-19 constitui uma ameaça particularmente relevante para os portadores de doença mental e um novo desafio para os profissionais que os acompanham. Até à data, tanto quanto sabemos, não existe qualquer revisão abrangente publicada relativamente à utilização de fármacos psicotrópicos durante a pandemia COVID-19.
Material e Métodos: Revisão não sistemática da literatura. A pesquisa na PubMed foi realizada com os termos ‘psychotropic drugs’, ‘COVID-19’, ‘psychiatry’ e ‘pandemic’. Foram incluídos os consensos e as normas publicadas pelas sociedades científicas, entidades governamentais e agências regulamentares de medicamentos.
Resultados e Discussão: Apresentam-se recomendações relativamente à utilização de psicofármacos durante a pandemia COVID-19, em contexto de ambulatório e de internamento. O tratamento da perturbação afetiva bipolar e da esquizofrenia tem agora dificuldades acrescidas. Alguns psicofármacos interferem com os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na infeção pelo novo coronavírus e têm interações com os fármacos utilizados no tratamento da COVID-19. Em doentes com COVID-19 e com delirium, a utilização de psicofármacos poderá ser necessária. A cessação tabágica altera os níveis séricos de alguns psicofármacos e pode condicionar a sua utilização.
Conclusão: A pandemia de COVID-19 coloca novos desafios na prática clínica. Os doentes psiquiátricos constituem uma população vulnerável, sendo frequentemente necessária uma avaliação clínica, laboratorial e eletrocardiográfica cuidadosa, naqueles com o diagnóstico de COVID-19. Os doentes mentais com COVID-19 apresentam uma complexidade acrescida na gestão da sua terapêutica habitual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Gabriela Andrade, Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Lisboa. Clínica Universitária de Psiquiatria e Psicologia Médica. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.

Médica Interna de Formação Específica de Psiquatria

Downloads

Publicado

2020-10-01

Como Citar

1.
Andrade G, Simões do Couto F, Câmara-Pestana L. Recomendações sobre a Utilização de Fármacos Psicotrópicos durante a Pandemia COVID-19. Acta Med Port [Internet]. 1 de Outubro de 2020 [citado 22 de Novembro de 2024];33(10):693-702. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/13976

Edição

Secção

Normas de Orientação