Salpingectomia Profilática como Método de Contraceção Definitiva: Estudo Transversal em Portugal

Autores

  • Verónica São Pedro Serviço de Ginecologia e Obstetrícia B. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Rafaela Pires Serviço de Ginecologia e Obstetrícia B. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Fernanda Santos Serviço de Ginecologia e Obstetrícia B. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Carla Tovim Rodrigues Serviço de Ginecologia e Obstetrícia B. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Isabel Santos Silva Serviço de Ginecologia e Obstetrícia B. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Maria do Céu Almeida Serviço de Ginecologia e Obstetrícia B. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Fernanda Águas Serviço de Ginecologia e Obstetrícia B. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.14033

Palavras-chave:

Esterilização Reprodutiva, Inquéritos e Questionários, Neoplasias dos Ovários/prevenção e controlo, Procedimentos Cirúrgicos Profiláticos, Salpingectomia

Resumo

Introdução: A salpingectomia profilática foi proposta como estratégia de redução do risco de cancro do ovário e método de contraceção definitiva. O objetivo deste estudo foi conhecer os procedimentos realizados a nível nacional para contraceção definitiva de intervalo e peri-parto, a opinião e motivações dos clínicos, e os fatores demográficos ou profissionais influentes.
Material e Métodos: Este é um estudo analítico transversal, baseado num questionário original enviado durante o ano de 2019 a especialistas e internos de Ginecologia-Obstetrícia a exercer em Portugal.
Resultados: Obtivemos 225 respostas provenientes de médicos a exercer em 42 hospitais (37 públicos). A laqueação tubar laparoscópica por eletrocoagulação e corte (61%) foi o método mais frequentemente utilizado na mulher não grávida, seguido da salpingectomia (28%). Os principais motivos apontados para não realizar salpingectomia foram o aumento do tempo operatório (48,5%) e tratar-se de procedimento não equacionado (45,5%). Em alguns hospitais, a realização deste método dependia da decisão da equipa cirúrgica. No contexto per-cesariana, a técnica mais comum foi a de Pomeroy modificada (54%), seguida da salpingectomia (32,5%), com uma concentração no Norte do país com significado estatístico. A maioria (69%) dos participantes consideraram que a salpingectomia deveria ser o procedimento disponibilizado.
Discussão: Apesar da evidência científica ainda ser escassa, a salpingectomia per-cesariana parece exequível e segura, podendo representar a melhor oportunidade para intervenção no contexto da contraceção definitiva.
Conclusão: A salpingectomia profilática não é o procedimento de esterilização mais comum em Portugal, mas foi considerada como a escolha mais adequada. Os seus benefícios e riscos devem ser discutidos com as mulheres.

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Publicado

2021-03-31

Como Citar

1.
São Pedro V, Pires R, Santos F, Tovim Rodrigues C, Santos Silva I, Almeida M do C, Águas F. Salpingectomia Profilática como Método de Contraceção Definitiva: Estudo Transversal em Portugal. Acta Med Port [Internet]. 31 de Março de 2021 [citado 22 de Novembro de 2024];34(4):258-65. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/14033

Edição

Secção

Original