Nível de Conhecimento e Padrão de Utilização da Contraceção de Emergência entre as Mulheres Portuguesas Utilizadoras dos Cuidados de Saúde

Autores

  • Ângela Rodrigues Departamento de Obstetrícia. Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Coimbra. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Centro Académico Clínico de Coimbra. Coimbra. https://orcid.org/0000-0001-6239-0022
  • Bruno Valentim Unidade de Saúde Familiar de Condeixa. Coimbra.
  • Daniel Tavares Unidade de Cuidados de Saúde Primários de Penalva do Castelo. Viseu.
  • Maria João Augusto Unidade de Cuidados de Saúde Primários de São Miguel. Castelo Branco.
  • Jorge Campelo Unidade de Saúde Familiar de Celas. Coimbra.
  • Mariana Loureiro Unidade de Saúde Familiar Fernando Namora. Coimbra.
  • Ana Raposo Unidade de Saúde Familiar Cândido Figueiredo. Viseu.
  • Isabel Alves Departamento de Obstetrícia. Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Maria Céu Almeida Departamento de Obstetrícia. Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Isabel Santos Silva Departamento de Obstetrícia. Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Coimbra. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Centro Académico Clínico de Coimbra. Coimbra.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.14043

Palavras-chave:

Atitude, Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde, Contraceção de Emergência, Educação em Saúde, Portugal, Saúde Sexual

Resumo

Introdução: A falta de conhecimento sobre a existência, eficácia e fornecimento da contraceção de emergência, bem como a sua acessibilidade, prazo efetivo e a falta de reconhecimento da possibilidade da sua utilização podem impedir as mulheres de a utilizarem. O objetivo do estudo foi conhecer a experiência, atitudes, as fontes de informação e nível de conhecimento sobre a contraceção de emergência entre mulheres portuguesas utilizadoras dos cuidados de saúde.
Material e Métodos: Foi desenvolvido um estudo observacional, transversal e multicêntrico em 280 mulheres portuguesas utilizadoras dos cuidados de saúde, através da aplicação de um questionário original e anónimo constituido por 30 questões.
Resultados: A idade média das mulheres que responderam ao questionário situou-se nos 33,83 ± 8,76 anos. Da amostra em estudo, 27,7% referiram utilização prévia de contraceção de emergência, das quais 50% sem aconselhamento. Apesar de 92,1% afirmar conhecer esta opção, apenas 35,9% respondeu corretamente a entre oito a 10 questões de avaliação de conhecimento (total de 14). Os media constituiram a fonte de informação mais frequente (63,4%). A maioria das participantes (67,5%) considera que a contraceção de emergência está associada a efeitos adversos graves e 76% desconhece o intervalo de tempo de eficácia da contraceção de emergência após relações sexuais desprotegidas. A idade jovem (p = 0,038), maior nível de escolaridade (p < 0,001), o aumento da paridade (p = 0,051) e a utilização prévia de contraceção de emergência (p = 0,031) foram os fatores sociodemográficos associados a maior nível de conhecimento sobre a mesma.
Discussão: O uso de contraceção de emergência após aconselhamento por profissionais de saúde foi inferior ao descrito na literatura.
Conclusão: O estudo demonstrou que apesar das utilizadoras dos cuidados de saúde de afirmarem ter conhecimento da existência da contraceção de emergência, revelaram baixo nível de conhecimento sobre este tipo de contraceção, particularmente em relação ao período correto de utilização, local de aquisição e questões de segurança.

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Publicado

2022-01-03

Como Citar

1.
Rodrigues Ângela, Valentim B, Tavares D, Augusto MJ, Campelo J, Loureiro M, Raposo A, Alves I, Almeida MC, Santos Silva I. Nível de Conhecimento e Padrão de Utilização da Contraceção de Emergência entre as Mulheres Portuguesas Utilizadoras dos Cuidados de Saúde. Acta Med Port [Internet]. 3 de Janeiro de 2022 [citado 23 de Novembro de 2024];35(1):30-5. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/14043

Edição

Secção

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