Nível de Conhecimento e Padrão de Utilização da Contraceção de Emergência entre as Mulheres Portuguesas Utilizadoras dos Cuidados de Saúde
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.14043Palavras-chave:
Atitude, Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde, Contraceção de Emergência, Educação em Saúde, Portugal, Saúde SexualResumo
Introdução: A falta de conhecimento sobre a existência, eficácia e fornecimento da contraceção de emergência, bem como a sua acessibilidade, prazo efetivo e a falta de reconhecimento da possibilidade da sua utilização podem impedir as mulheres de a utilizarem. O objetivo do estudo foi conhecer a experiência, atitudes, as fontes de informação e nível de conhecimento sobre a contraceção de emergência entre mulheres portuguesas utilizadoras dos cuidados de saúde.
Material e Métodos: Foi desenvolvido um estudo observacional, transversal e multicêntrico em 280 mulheres portuguesas utilizadoras dos cuidados de saúde, através da aplicação de um questionário original e anónimo constituido por 30 questões.
Resultados: A idade média das mulheres que responderam ao questionário situou-se nos 33,83 ± 8,76 anos. Da amostra em estudo, 27,7% referiram utilização prévia de contraceção de emergência, das quais 50% sem aconselhamento. Apesar de 92,1% afirmar conhecer esta opção, apenas 35,9% respondeu corretamente a entre oito a 10 questões de avaliação de conhecimento (total de 14). Os media constituiram a fonte de informação mais frequente (63,4%). A maioria das participantes (67,5%) considera que a contraceção de emergência está associada a efeitos adversos graves e 76% desconhece o intervalo de tempo de eficácia da contraceção de emergência após relações sexuais desprotegidas. A idade jovem (p = 0,038), maior nível de escolaridade (p < 0,001), o aumento da paridade (p = 0,051) e a utilização prévia de contraceção de emergência (p = 0,031) foram os fatores sociodemográficos associados a maior nível de conhecimento sobre a mesma.
Discussão: O uso de contraceção de emergência após aconselhamento por profissionais de saúde foi inferior ao descrito na literatura.
Conclusão: O estudo demonstrou que apesar das utilizadoras dos cuidados de saúde de afirmarem ter conhecimento da existência da contraceção de emergência, revelaram baixo nível de conhecimento sobre este tipo de contraceção, particularmente em relação ao período correto de utilização, local de aquisição e questões de segurança.
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