Perfil Epidemiológico em Portugal do Linfoma Anaplásico de Grandes Células Associado a Implantes Mamários: Um Estudo Transversal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.14055Palavras-chave:
Implantes Mamários/efeitos adversos, Linfoma Anaplásico Cutâneo Primário de Células Grandes/epidemiologia, Linfoma Anaplásico Cutâneo Primário de Células Grandes/etiologia, PortugalResumo
Introdução: O linfoma anaplásico de grandes células associado a implantes mamários (BIA-ALCL) é uma neoplasia rara de células T predominantemente associada ao uso de próteses texturizadas. Recentemente, vários países procuraram clarificar o seu perfil epidemiológico. Este estudo pretende estimar o número de casos de BIA-ALCL em Portugal e descrever o padrão de utilização de próteses mamárias a nível nacional.
Material e Métodos: Este é um estudo transversal realizado em 57 serviços de saúde - 29 hospitais públicos e 28 instituições privadas. A cada departamento de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética foi solicitada informação sobre os principais fabricantes e respetiva textura dos implantes mamários utilizados, bem como número de casos registados de BIA-ALCL.
Resultados: Na nossa amostra, a taxa de resposta foi 58%. Considerando o universo de respostas obtidas, a maioria dos hospitais referiu usar implantes mamários texturizados da Mentor (45,45%), Allergan (42,42%) e Polytech (39,39%). Apenas uma instituição privada mencionou utilizar implantes lisos da Mentor e Motiva. Vários hospitais reportaram a ocorrência de seromas tardios. Contudo, apenas um caso de BIA-ALCL se veio a confirmar após investigação imunohistoquímica e histológica adequada.
Discussão: O BIA-ALCL poderá determinar uma alteração do paradigma de seleção do tipo de implante mamário, onde alternativas como os implantes lisos e tecido autólogo poderão superar os riscos inerentes aos dispositivos texturizados.
Conclusão: De futuro, a criação de um registo nacional de doentes e reconhecimento do BIA-ALCL pelos cirurgiões plásticos poderão ser importantes ferramentas para clarificar o seu impacto no território nacional e mitigar potenciais fatores de risco.
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