Proteção Facial e Respiratória: Perspetivas Atuais no Contexto da Pandemia por COVID-19

Autores

  • David Peres Unidade de Saúde Pública. Agrupamento de Centros de Saúde do Grande Porto IV - Póvoa de Varzim/ Vila do Conde.. Vila do Conde. Comissão de Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos. Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Matosinhos. https://orcid.org/0000-0002-5744-904X
  • José Pedro Boléo-Tomé Serviço de Pneumologia. Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca. Amadora. https://orcid.org/0000-0002-1889-0289
  • Gilda Santos Departamento de Engenharia de Produto. Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário. Vila Nova de Famalicão.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.14108

Palavras-chave:

COVID-19, Dispositivos de Proteção Respiratória, Equipamento de Proteção Individual, Máscaras, SARS-CoV-2

Resumo

A nova pandemia por SARS-CoV-2 é um exemplo de uma emergência de saúde pública de âmbito internacional, associada a consideráveis desafios sociais e económicos. A nível das unidades de saúde há o risco que surtos nosocomiais sejam amplificadores locais. Perante tal, práticas de controlo de infeção são de importância crítica no funcionamento destes serviços, de que faz parte a utilização adequada de equipamento de proteção individual. Este deve ser adequado à via de transmissão do agente que, no caso do SARS-CoV-2, é através de gotícula e contacto. O indivíduo infetado, ao falar, tossir ou espirrar, dissemina gotículas que contêm o vírus, contaminando diretamente outros indivíduos, que estão num raio de um a dois metros, assim como o ambiente. A transmissão por via aérea também poderá ocorrer, no caso de procedimentos geradores de aerossóis. A nível da proteção respiratória existe, atualmente, fraca evidência que a utilização de respiradores permita maior proteção que máscara cirúrgica para o SARS-CoV-2 ou outros vírus
(com exceção dos procedimentos geradores de aerossóis, em que a utilização de um respirador é recomendada). A proteção ocular deverá ser garantida sempre que houver risco de salpicos, gotículas ou aerossóis. A utilização incorreta de equipamento de proteção individual, para a via de transmissão do agente ou superior ao necessário, é uma forma de uso indevido e pode afetar o seu suprimento para as situações em que é realmente indicado. A disponibilização deste equipamento de proteção, e formação dos profissionais de saúde na sua correta utilização, é fortemente recomendado para garantir a prestação de cuidados seguros.

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Biografia Autor

David Peres, Unidade de Saúde Pública. Agrupamento de Centros de Saúde do Grande Porto IV - Póvoa de Varzim/ Vila do Conde.. Vila do Conde. Comissão de Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos. Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Matosinhos.

  • PERCURSO ACADÉMICO:

2001- Licenciatura em Microbiologia pela Universidade Católica Portuguesa.

2007- Mestrado em Saúde Pública, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

2007- Pós-Graduação em “Infecção Relacionada com Cuidados de Saúde” pela Universidade Católica Portuguesa.

2016-  Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

  • PERCURSO PROFISSIONAL:

Desde 2005- Técnico Superior, no núcleo executivo da Comissão de Controlo de Infecção do Hospital Pedro Hispano (Unidade Local de Saúde de Matosinhos).

De 2007 a 2011- Elemento do núcleo executivo do Grupo Coordenador Regional de Controlo de Infecção da Administração Regional de Saúde do Norte.

2017- Interno do Ano Comum do Centro Hospitalar de São João.

Desde 2018 - Médico Interno de Saúde Pública no ACeS de Póvoa de Varzim/ Vila do Conde

Publicado

2020-09-01

Como Citar

1.
Peres D, Boléo-Tomé JP, Santos G. Proteção Facial e Respiratória: Perspetivas Atuais no Contexto da Pandemia por COVID-19. Acta Med Port [Internet]. 1 de Setembro de 2020 [citado 24 de Novembro de 2024];33(9):583-92. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/14108

Edição

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