Plasmaferese Terapêutica: Experiência de Sete Anos de um Serviço de Medicina Intensiva em Portugal

Autores

  • Rita Faria Intensive Care Department. Hospital Beatriz Ângelo. Loures.
  • Alexei Bucur Intensive Care Department. Hospital Beatriz Ângelo. Loures.
  • André Gordinho Intensive Care Department. Hospital Beatriz Ângelo. Loures.
  • Luis Falcão Nephrology Department. Hospital Beatriz Ângelo. Loures.
  • André Carrão Anaesthesiology Department. Hospital Beatriz Ângelo. Loures.
  • Sara Fernandes Nephrology Department. Hospital Beatriz Ângelo. Loures.
  • João Pedro Colaço Intensive Care Department. Hospital da Luz. Lisboa.
  • Carlos Meneses-Oliveira Intensive Care Department. Hospital Beatriz Ângelo. Loures.
  • António Messias Intensive Care Department. Hospital da Luz. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.14266

Palavras-chave:

Estado Crítico/tratamento, Plasmafere/efeitos adversos, Plasmafere/métodos, Plasmafere/uso terapêutico, Troca Plasmática/métodos

Resumo

Introdução: A plasmaferese terapêutica é um procedimento em que o sangue passa por um circuito extracorpóreo que separa o plasma dos outros componentes do sangue. O plasma removido é substituído por soluções de reposição. Os estudos sobre a utilização de plasmaferese terapêutica no doente crítico são escassos. O objetivo do estudo foi rever todas as sessões de plasmaferese realizadas no serviço de Medicina Intensiva do Hospital Beatriz Ângelo.
Material e Métodos: Estudo observacional retrospetivo de todos os doentes admitidos no serviço de Medicina Intensiva entre abril de 2012 e março de 2019. Foram selecionados os doentes submetidos a plasmaferese e excluídas as sessões realizadas fora do serviço de Medicina Intensiva.
Resultados: No período de estudo foram incluídos 46 doentes. A maioria eram homens (n = 29; 63%) com uma idade mediana de 53 anos. Os diagnósticos mais frequentes foram pancreatite secundária a hipertrigliceridemia, vasculite, anemia hemolítica autoimune e síndrome hemolítica urémica atípica. Foram realizadas 198 sessões de plasmaferese no serviço de Medicina Intensiva. As soluções de substituição mais utilizadas foram plasma fresco congelado (34,4%), albumina/cristalóide (24,2%) e albumina/plasma (19,2%). As complicações mais comuns foram alterações hidroeletrolíticas (84; 42,4%), e distúrbios da coagulação/plaquetas (65; 32,8%). Em
nenhum dos casos a técnica teve que ser interrompida por complicações relacionadas com o doente.
Conclusão: A plasmafere terapêutica é uma técnica complexa que requer treino específico. As indicações são diversas e algumas não consensuais. As complicações foram frequentes, mas não condicionaram morbilidade associada.

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Publicado

2022-03-02

Como Citar

1.
Faria R, Bucur A, Gordinho A, Falcão L, Carrão A, Fernandes S, Colaço JP, Meneses-Oliveira C, Messias A. Plasmaferese Terapêutica: Experiência de Sete Anos de um Serviço de Medicina Intensiva em Portugal. Acta Med Port [Internet]. 2 de Março de 2022 [citado 8 de Dezembro de 2025];35(3):176-83. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/14266

Edição

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