Achados Histeroscópicos Incomuns Relacionados com a Avaliação e Tratamento da Endossalpingiose Cística Florida do Útero: Um Relato de Caso e Revisão de Todos os Casos Publicados

Autores

  • Catarina Peixinho Department of Gynaecology and Obstetrics. Hospital Pedro Hispano. Matosinhos.
  • Raquel Machado-Neves Department of Pathology. Hospital Pedro Hispano. Matosinhos.
  • Pedro Tiago Silva Department of Gynaecology and Obstetrics. Hospital Pedro Hispano. Matosinhos.
  • João Bernardes Department of Gynaecology and Obstetrics. Hospital Pedro Hispano. Matosinhos. Department of Gynaecology and Obstetrics. Faculty of Medicine. Universidade do Porto. Porto.
  • Ana Catarina Silva Department of Radiology. Hospital Pedro Hispano. Matosinhos.
  • Teresina Amaro Department of Pathology. Hospital Pedro Hispano. Matosinhos.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.14292

Palavras-chave:

Doenças da Trompa de Falópio/diagnóstico, Doenças da Trompa de Falópio/tratamento, Procedimentos Cirúrgicos em Ginecologia

Resumo

Introdução: A endossalpingiose é uma condição benigna rara caracterizada pela presença de epitélio tubário fora da trompa de Falópio. A apresentação clínica da endossalpingiose é inespecífica e o diagnóstico é geralmente incidental em mulheres submetidas a cirurgia por dor pélvica, infertilidade, sintomas urinários ou massa pélvica. O diagnostico só pode ser confirmado com exame histopatológico.
Caso Clínico: Relatamos o primeiro caso de endosalpingiose cística florida uterina, no qual se encontrou achados histeroscópicos incomuns. Foram revistos todos os casos publicados de endosalpingiose cística florida uterina e suas apresentações clínicas, incluindo características histeroscópicas. Trata-se de uma condição benigna rara, com apenas 32 casos descritos na literatura. Apresentamos a primeira descrição histeroscópica desta patologia.
Discussão: A doente foi submetida a uma primeira histeroscopia e resseção de leiomioma aos 51 anos de idade. Com 55, realizou uma nova histeroscopia e removeu uma lesão polipóide. Uma terceira histeroscopia, um ano depois, revelou uma nova lesão polipóide num local semelhante. Após as incisões iniciais, essa lesão polipóide desapareceu. Ao diminuir a pressão intrauterina, tornou-se visível novamente, correspondendo histologicamente a um pólipo endometrial com metaplasia tubária. A doente foi submetida a uma histerectomia laparoscópica com diagnóstico histopatológico final de endosalpingiose cística florida uterina. Foram revistos todos os casos publicados de endosalpingiose cística florida uterina e suas apresentações clínicas, incluindo características histeroscópicas.
Conclusão: A endosalpingiose cística florida uterina é uma condição rara que pode estar associada a achados histeroscópicos bizarros.

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Publicado

2021-12-02

Como Citar

1.
Peixinho C, Machado-Neves R, Silva PT, Bernardes J, Silva AC, Amaro T. Achados Histeroscópicos Incomuns Relacionados com a Avaliação e Tratamento da Endossalpingiose Cística Florida do Útero: Um Relato de Caso e Revisão de Todos os Casos Publicados. Acta Med Port [Internet]. 2 de Dezembro de 2021 [citado 23 de Novembro de 2024];34(12):868-73. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/14292

Edição

Secção

Caso Clínico