O Impacto da Pandemia COVID-19 no Internato de Formação Específica de Oftalmologia em Portugal

Autores

  • Nisa Silva Department of Ophthalmology. Centro Hospitalar Universitário do Porto. Porto. https://orcid.org/0000-0002-5607-3212
  • Rita Laiginhas Department of Ophthalmology. Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga. Santa Maria da Feira.
  • Angelina Meireles Department of Ophthalmology. Centro Hospitalar Universitário do Porto. Porto. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto.
  • João Barbosa Breda Cardiovascular R&D Center. Faculty of Medicine. Universidade do Porto. Porto. Department of Ophthalmology. Centro Hospitalar e Universitário São João. Porto. Research Group Ophthalmology. Department of Neurosciences. Katholieke Universiteit Leuven. Leuven. Belgium.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.14341

Palavras-chave:

COVID-19, Infecções por Coronavírus, Internato e Residência, Oftalmologia, Pandemia, Portugal

Resumo

Introdução: Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da pandemia COVID-19 no internato de Formação Específica de Oftalmologia em Portugal.
Material e Métodos: Estudo descritivo dos resultados obtidos de um questionário aplicado a todos os internos de Formação Específica de Oftalmologia em Portugal (n = 80).
Resultados: Setenta e cinco internos participaram no estudo (taxa de resposta de 94%). Excetuando um caso, todos (99%) admitiram alteração da sua prática clínica durante a pandemia, e a maioria (89%) manteve atividades clínicas no seu serviço de Oftalmologia. Vinte e cinco porcento foram integrados em unidades COVID-19, e metade desses inquiridos (47%) desempenharam concomitantemente atividades no âmbito da oftalmologia. Uma percentagem significativa dos inquiridos referiu estar envolvido nas seguintes atividades clínicas oftalmológicas: serviço de Urgência/consultas internas (87%), consultas externas (73%: geral 70% vs subespecialidade 29%), e cirurgias (64%). Vinte e cinco porcento não participaram em consultas externas, e 36% em procedimentos cirúrgicos. Numa escala de 1 (sem impacto) a 5 (máximo impacto), a maioria dos inquiridos classificou o impacto percecionado da pandemia no internato de Formação Específica de Oftalmologia em 3 (34%), 4 (40%) e 5 (27%). Oitenta porcento dos inquiridos enumerou a extensão do período do internato de Formação Específica como uma medida a adotar para minimizar o impacto negativo da pandemia.
Discussão: A maioria dos internos mantiveram-se a desempenhar atividades clínicas no seu serviço de Oftalmologia, principalmente no âmbito da oftalmologia geral e de urgência. O desempenho de atividade cirúrgica foi largamente afetado. São necessárias estratégias adaptativas para garantir a continuação adequada da formação dos internos. Futuros estudos noutros contextos geográficos permitirão perceber de que forma os programas de formação em oftalmologia estão a ser afetados ao nível internacional, para que as organizações educacionais possam elaborar recomendações.
Conclusão: A pandemia COVID-19 teve um impacto significativo no internato de Formação Específica de Oftalmologia em Portugal.

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Biografia Autor

Nisa Silva, Department of Ophthalmology. Centro Hospitalar Universitário do Porto. Porto.

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Publicado

2020-10-01

Como Citar

1.
Silva N, Laiginhas R, Meireles A, Barbosa Breda J. O Impacto da Pandemia COVID-19 no Internato de Formação Específica de Oftalmologia em Portugal. Acta Med Port [Internet]. 1 de Outubro de 2020 [citado 18 de Julho de 2024];33(10):640-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/14341

Edição

Secção

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