Urticária Crónica na Prática Clínica de Vida Real em Portugal: Resultados de Dois Anos do Estudo Não Intervencional de Vida-Real AWARE
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.14477Palavras-chave:
Urticaria/classificação, Urticaria/diagnóstico, Urticaria/tratamentoResumo
Introdução: A informação disponível sobre doentes com urticária crónica em contexto da prática clínica real é escassa. Esta análise reporta os resultados a dois anos dos doentes portugueses incluídos no estudo AWARE.
Material e Métodos: Estudo de coorte, observacional, prospectivo, de doentes adultos com diagnóstico de urticária crónica, com sintomas há pelo menos dois meses, refratários a antihístamínicos-H1 na dose aprovada, seguidos em 10 centros de urticária em Portugal, incluídos entre 31 de outubro de 2014 e 31 de julho de 2015. Ao longo dos dois anos do estudo AWARE foram avaliados parâmetros clínicos, medicação utilizada para alívio dos sintomas de urticária, o Weekly Urticaria Activity Score e o índice de qualidade de vida dermatológico.
Resultados: Foram incluídos setenta e seis doentes. Após dois anos do estudo AWARE, a percentagem de doentes sob terapia com omalizumab quase duplicou, sendo acompanhada por uma diminuição da utilização de recursos médicos e absenteísmo. A gravidade da urticária e o impacto na qualidade de vida diminuíram após um ano e continuaram a diminuir aos dois anos, embora o aumento da qualidade de vida apenas tenha atingido significado estatístico no segundo ano. A percentagem de doentes com patologia controlada aumentou de 29,3% no início do estudo para 79,0% (p < 0,001).
Discussão: No final do estudo AWARE, uma percentagem significativa de doentes apresentou a patologia controlada, permitindo uma diminuição na utilização dos recursos médicos.
Conclusão: A urticária crónica tem impacto na qualidade de vida da população, mostrando que a terapêutica ainda poderá ser otimizada.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons