Urticária Crónica na Prática Clínica de Vida Real em Portugal: Resultados de Dois Anos do Estudo Não Intervencional de Vida-Real AWARE

Autores

  • Célia Costa Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Lisboa. https://orcid.org/0000-0001-8313-1505
  • Isabel Rosmaninho Serviço de Imunoalergologia. Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. Vila Nova de Gaia.
  • On behalf of the AWARE Portuguese Study Investigational Group

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.14477

Palavras-chave:

Urticaria/classificação, Urticaria/diagnóstico, Urticaria/tratamento

Resumo

Introdução: A informação disponível sobre doentes com urticária crónica em contexto da prática clínica real é escassa. Esta análise reporta os resultados a dois anos dos doentes portugueses incluídos no estudo AWARE.
Material e Métodos: Estudo de coorte, observacional, prospectivo, de doentes adultos com diagnóstico de urticária crónica, com sintomas há pelo menos dois meses, refratários a antihístamínicos-H1 na dose aprovada, seguidos em 10 centros de urticária em Portugal, incluídos entre 31 de outubro de 2014 e 31 de julho de 2015. Ao longo dos dois anos do estudo AWARE foram avaliados parâmetros clínicos, medicação utilizada para alívio dos sintomas de urticária, o Weekly Urticaria Activity Score e o índice de qualidade de vida dermatológico.
Resultados: Foram incluídos setenta e seis doentes. Após dois anos do estudo AWARE, a percentagem de doentes sob terapia com omalizumab quase duplicou, sendo acompanhada por uma diminuição da utilização de recursos médicos e absenteísmo. A gravidade da urticária e o impacto na qualidade de vida diminuíram após um ano e continuaram a diminuir aos dois anos, embora o aumento da qualidade de vida apenas tenha atingido significado estatístico no segundo ano. A percentagem de doentes com patologia controlada aumentou de 29,3% no início do estudo para 79,0% (p < 0,001).
Discussão: No final do estudo AWARE, uma percentagem significativa de doentes apresentou a patologia controlada, permitindo uma diminuição na utilização dos recursos médicos.
Conclusão: A urticária crónica tem impacto na qualidade de vida da população, mostrando que a terapêutica ainda poderá ser otimizada.

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Biografia Autor

Célia Costa, Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Lisboa.

#8597 #8294 - 2016;29(11):763-781

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Publicado

2022-01-03

Como Citar

1.
Costa C, Rosmaninho I, Portuguese Study Investigational Group O behalf of the A. Urticária Crónica na Prática Clínica de Vida Real em Portugal: Resultados de Dois Anos do Estudo Não Intervencional de Vida-Real AWARE. Acta Med Port [Internet]. 3 de Janeiro de 2022 [citado 23 de Novembro de 2024];35(1):12-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/14477

Edição

Secção

Original