Gastrenterite a Salmonella em Idade Pediátrica

Autores

  • Cláudia Almeida Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Unidade Padre Américo. Penafiel. Portugal.
  • Diana Moreira Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Unidade Padre Américo. Penafiel. Portugal.
  • Ângela Machado Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Unidade Padre Américo. Penafiel. Portugal.
  • Isaura Terra Serviço de Patologia Clínica. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Unidade Padre Américo. Penafiel. Portugal.
  • Lucília Vieira Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Unidade Padre Américo. Penafiel. Portugal.
  • Joaquim Cunha Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Unidade Padre Américo. Penafiel. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.145

Resumo

Introdução: A gastrenterite (GE) a Salmonella é uma importante causa de doença na criança. Em Portugal são notificados em média 456 casos por ano, 82% antes dos 15 anos.

Objectivo do estudo: Caracterização clínica e laboratorial da população pediátrica com GE a Salmonella admitida num hospital de nível dois.

Material e métodos: Estudo retrospectivo dos doentes admitidos no Serviço de Urgência no período 2005-2009, com isolamento de Salmonella em coprocultura.

Resultados: Em 8195 admissões por GE, identificaram-se 218 (2,66%) casos de GE a Salmonella. Os serótipos mais frequentemente isolados foram S. enteritidis em 49,1%, e S. typhimurium em 29,8%. A população estudada foi maioritariamente rural (83%) com mediana de idade de 36 meses. Acima desta idade registou-se um predomínio de S. enteritidis (63,6%, p < 0,01) e de S. Typhimurium abaixo dos 36 meses (75,3%, p < 0,01). Quanto à distribuição anual, 166 (76%) casos ocorreram entre Maio e Outubro. Verificou-se uma associação entre S. enteritidis e Verão (52,3%, p < 0,01), e entre S. typhimurium e Primavera (35,4%, p < 0,01). Dos alimentos potencialmente envolvidos na infecção, os ovos e a água não potável foram os mais referidos. Internaram-se 182 (83,5%) crianças, uma delas com choque séptico e outra com bacteriemia secundária, ambas com boa evolução clínica.

Conclusão: Os autores constataram a elevada incidência de GE a Salmonella, no contexto de uma população rural, bem como uma elevada taxa de internamento. Destaca-se a possível associação dos serótipos com determinados alimentos, o predomínio nas estações do ano mais quentes e a sua distribuição em grupos etários.

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Publicado

2012-08-30

Como Citar

1.
Almeida C, Moreira D, Machado Ângela, Terra I, Vieira L, Cunha J. Gastrenterite a Salmonella em Idade Pediátrica. Acta Med Port [Internet]. 30 de Agosto de 2012 [citado 18 de Julho de 2024];25(4):219-23. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/145

Edição

Secção

Original