Síndrome Metabólica em Portugal: Prevalência e Fatores Associados

Autores

  • Ricardo Alves Unidade de Saúde Pública. Agrupamento de Centros de Saúde Almada-Seixal. Almada.
  • Ana João Santos Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Lisboa.
  • Irina Kislaya Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Lisboa.
  • Baltazar Nunes Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Lisboa.
  • Ana Cristina Freire Unidade de Saúde Pública. Agrupamento de Centros de Saúde Almada-Seixal. Almada.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.15051

Palavras-chave:

Portugal, Prevalência, Síndrome Metabólica/epidemiologia

Resumo

Introdução: A síndrome metabólica consiste num conjunto de fatores que, quando associados, conferem maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, constituindo um importante problema de saúde pública. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência desta síndrome na população portuguesa, e avaliar possíveis associações com determinantes demográficos e socioeconómicos.
Material e Métodos: Com base no primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico de 2015, realizou-se um estudo epidemiológico transversal numa amostra representativa da população portuguesa (n = 4797) entre os 25 e 74 anos. A prevalência foi estimada na população total e em cada sexo, estratificada por grupo etário, região de saúde, tipologia de área urbana, estado civil, escolaridade, situação profissional e risco de pobreza. A magnitude das associações foi medida pelas razões de prevalências ajustadas.
Resultados: A prevalência estimada foi de 33,4% (IC 95%, 31,7 – 35,1) na população portuguesa [35,6% nos homens (IC 95%, 31,9 – 39,2) e 31,3% nas mulheres (IC 95%, 28,5 – 34,2)]. Em ambos os sexos, a maior prevalência estava significativamente associada ao aumento da idade, a indivíduos viúvos/casados/unidos de facto e com menor escolaridade. Não se verificou associação com sexo, região de saúde, tipologia de área urbana, situação profissional ou risco de pobreza.
Discussão: Esta síndrome estava presente num terço da população portuguesa. O conhecimento da sua epidemiologia permite identificar grupos populacionais com maior risco cardiovascular e metabólico.
Conclusão: A síndrome metabólica estava independentemente associada a grupos específicos. Este conhecimento reforça a importância de uma avaliação holística dos determinantes de saúde associados à síndrome metabólica.

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Biografias Autor

Ricardo Alves, Unidade de Saúde Pública. Agrupamento de Centros de Saúde Almada-Seixal. Almada.

Médico Interno em Formação Específica em Saúde Pública

Ana João Santos, Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Lisboa.

Psicóloga

Irina Kislaya, Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Lisboa.

Estatista

Baltazar Nunes, Departamento de Epidemiologia. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Lisboa.

Investigador auxiliar

Ana Cristina Freire, Unidade de Saúde Pública. Agrupamento de Centros de Saúde Almada-Seixal. Almada.

Assistente Graduada em Saúde Pública

Publicado

2022-09-01

Como Citar

1.
Alves R, Santos AJ, Kislaya I, Nunes B, Freire AC. Síndrome Metabólica em Portugal: Prevalência e Fatores Associados. Acta Med Port [Internet]. 1 de Setembro de 2022 [citado 21 de Novembro de 2024];35(9):633-4. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/15051

Edição

Secção

Original