Linhas Orientadoras para Pensar, Desenvolver e Implementar a Comunicação em Saúde em Portugal

Autores

  • Débora Miranda European Public Health Association. Países Baixos e Portugal.
  • Isa Galhordas Alves Consultora Independente. Isa Alves – Consultoria de Comunicação, Lda.
  • Marta Salavisa Gabinete de Comunicação e Marketing. Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.15770

Palavras-chave:

Colaboração Intersetorial, Comunicação em Saúde, Liderança, Portugal

Resumo

A pandemia pelo vírus SARS-CoV-2 expôs e agravou muitas fragilidades dos sistemas de saúde, algumas já identificadas por organizações internacionais, nomeadamente as carências de meios materiais e humanos ou o insuficiente envolvimento da sociedade civil nos processos de decisão. À medida que as consequências socioeconómicas da pandemia se agravam e a fadiga pandémica se instala, outra fragilidade é posta a descoberto no espaço público e mediático: a falta de uma massa crítica de comunicação em saúde, com consequências diretas na gestão da pandemia. Comunicar neste contexto de crise e incerteza exige identificar os factos importantes a comunicar a diferentes segmentos da população, clarificar mitos e informações falsas, caracterizar as incertezas relevantes, ouvir e envolver os stakeholders e os cidadãos, desenvolver e testar as mensagens e monitorizar e avaliar as estratégias implementadas. A utilização da comunicação enquanto estratégia de apoio à gestão torna as organizações mais capazes de construir confiança, criar reputação, gerir relações com stakeholders internos e externos e de se prepararem para as incertezas do futuro, competências fundamentais para gerir uma crise sanitária. Dada a escassez de evidência científica sobre a comunicação em saúde realizada em Portugal, parte significativa da análise e diagnóstico é baseada no conhecimento empírico das autoras, adquirido através da experiência profissional, na área da comunicação, em diversas instituições de saúde. No final do artigo, as autoras propõem linhas orientadoras para pensar, desenvolver e implementar a comunicação em saúde em Portugal, nomeadamente numa crise sanitária, sustentadas numa cultura de liderança, colaboração e confiança.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Débora Miranda, European Public Health Association. Países Baixos e Portugal.

Consultora independente de comunicação em saúde, atualmente com a European Public Health Association, a University of New South Wales, a Escola Nacional de Saúde Pública, entre outros. Trabalhou na London School of Hygiene & Tropical Medicine e na Alzheimer's Society no Reino Unido. Licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa e Mestre em Jornalismo de Ciência pela City Univerity London. Deputada da comissão de oncologia do Health Parliament Portugal. Co-fundadora da Associação ManifestaMente.

Downloads

Publicado

2021-10-01

Como Citar

1.
Miranda D, Galhordas Alves I, Salavisa M. Linhas Orientadoras para Pensar, Desenvolver e Implementar a Comunicação em Saúde em Portugal. Acta Med Port [Internet]. 1 de Outubro de 2021 [citado 20 de Dezembro de 2024];34(10):698-706. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/15770

Edição

Secção

Normas de Orientação