Hiponatremia em Doentes com Cancro Internados num Serviço de Cuidados Paliativos: Uma Análise Transversal

Autores

  • José Ferraz Gonçalves Serviço de Cuidados Paliativos. Instituto Português de Oncologia do Porto. Porto. Departamento Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto.
  • Mariana Brandão Medical Oncology Department. Instituto Português de Oncologia do Porto. Porto. 4. Academic Trials Promoting Team. Institut Jules Bordet. Brussels. Belgium.
  • Ana Arede Serviço de Oncologia. Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Faro.
  • Bárbara Prucha Unidade de Saúde Familiar Navegantes. Agrupamento de Centros de Saúde Póvoa de Varzim/ Vila do Conde. Póvoa de Varzim.
  • Inês Grilo Serviço de Oncologia. Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Vila Real.
  • Susete Freitas Unidade de Cuidados Paliativos. Hospital Dr. João d’Almada. Funchal. Madeira.
  • Isabel Costa Serviço de Cuidados Paliativos. Instituto Português de Oncologia do Porto. Porto.
  • Olímpia Martins Unidade de Cuidados Paliativos. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Guilhufe.
  • Vânia Araújo Serviço de Cuidados Paliativos. Instituto Português de Oncologia do Porto. Porto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.15810

Palavras-chave:

Cuidados Paliativos, Hiponatremia, Neoplasias/complicações

Resumo

Introdução: A hiponatremia é frequente em doentes com cancro, como muito estudos realizados nesses doentes mostraram. Contudo, há poucos estudos no fim da vida e em cuidados paliativos. O objectivo deste trabalho foi estudar a prevalência da hiponatremia em doentes oncológicos num serviço de cuidados paliativos de um centro oncológico e a sua associação com a sobrevivência.
Material e Métodos: O estudo incluiu os primeiros 300 doentes internados no serviço de cuidados paliativos em 2017. A sobrevivência foi medida do dia da hospitalização até à morte.
Resultados: O sódio plasmático foi medido em 170 (59%) doentes. A mediana da concentração de sódio plasmático foi 135 mmol/L (109 a 145). Em 91 (54%) doentes, o sódio plasmático estava dentro dos valores de referência, 59 (35%) tinham hiponatremia ligeira, em 13 (8%) era moderada e sete (4%) tinham hiponatremia profunda. A mediana da sobrevivência foi de 13 dias (1 a 1020). O sódio plasmático não apresentou uma associação estatisticamente significativamente associado com a sobrevivência (p = 0,463). Quanto a outras variáveis, o estado de performance do Eastern Cooperative Oncology Group associou-se significativamente à sobrevivência, o que não se verificou com o género, a idade, o tumor primário e o número de locais de metástases.
Conclusão: A hiponatremia é comum nos doentes oncológicos em cuidados paliativos, mas não parece influenciar a sobrevivência.

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Publicado

2022-02-01

Como Citar

1.
Ferraz Gonçalves J, Brandão M, Arede A, Prucha B, Grilo I, Freitas S, Costa I, Martins O, Araújo V. Hiponatremia em Doentes com Cancro Internados num Serviço de Cuidados Paliativos: Uma Análise Transversal. Acta Med Port [Internet]. 1 de Fevereiro de 2022 [citado 18 de Dezembro de 2024];35(2):105-10. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/15810

Edição

Secção

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