Cuidados Paliativos em Doentes com Insuficiência Cardíaca Grave: Uma Revisão Sistemática
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.15963Palavras-chave:
Cuidados Paliativos, Insuficiência Cardíaca, Qualidade de VidaResumo
Introdução: A insuficiência cardíaca apresenta estimativas de sobrevivência de cerca de 10% após 10 anos de doença. Tendo em conta que se trata de uma doença crónica debilitante, é importante investigar os potenciais benefícios e eficácia de uma abordagem de cuidados paliativos. Foi objectivo deste estudo rever de forma sistemática a eficácia dos cuidados paliativos destinados a doentes com insuficiência cardíaca avançada, em termos de qualidade de vida, controlo sintomático, admissões hospitalares e mortalidade.
Material e Métodos: Pesquisa na base de dados MEDLINE, Cochrane, EMBASE e CINAHL por artigos publicados entre janeiro de 2010 a dezembro de 2020, tendo sido incluídos estudos clínicos em humanos com insuficiência cardíaca sintomática que compararam a integração de cuidados paliativos com a terapêutica padrão. Os outcomes selecionados para extração de dados foram a qualidade de vida, controlo sintomático, internamentos hospitalares e mortalidade.
Resultados: O protocolo de pesquisa resultou em sete estudos elegíveis para revisão e análise qualitativa. O risco geral de viés foi considerado moderado a alto. A maioria dos estudos demonstrou uma melhoria com a integração de cuidados paliativos em termos de qualidade de vida e redução de hospitalizações. A evidência de suporte de uma melhoria significativa no controlo sintomático geral não foi tão robusta.
Conclusão: Os cuidados paliativos aparentam ser, em geral, significativamente eficazes para doentes com insuficiência cardíaca avançada. É necessária investigação futura, com estudos mais rigorosos, para realçar o papel dos cuidados paliativos nos doentes com insuficiência cardíaca.
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