Atitudes, Conhecimentos e Perspetivas dos Médicos Portugueses acerca das Terapêuticas Não Convencionais: Um Estudo Transversal

Autores

  • Carlos Nogueira Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade da Beira Interior. Covilhã.
  • Armando Brito de Sá Unidade de Saúde Familiar Conde Saúde. Agrupamento de Centros de Saúde da Arrábida. Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Sesimbra.
  • Ana Paula Martins Departamento de Matemática. Centro de Matemática e Aplicações. Universidade da Beira Interior. Covilhã.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.16073

Palavras-chave:

Educação Médica, Portugal, Terapias Complementares

Resumo

Introdução: A utilização significativa das terapêuticas não convencionais, e o facto de estas não serem inócuas, torna imperativo que os médicos as conheçam, de forma a melhor aconselharem os seus doentes. Este estudo visou identificar as atitudes, conhecimentos e perspetivas dos médicos portugueses relativamente às terapêuticas não convencionais.
Material e Métodos: Realizou-se um estudo observacional, analítico e transversal. Os médicos inscritos na Ordem dos Médicos portuguesa responderam a um questionário com respostas em escala de Likert de cinco pontos, dicotómicas e de escolha múltipla. As respostas às questões sobre crenças/convicções a respeito das terapêuticas não convencionais; aspetos relacionados com as terapêuticas não convencionais aprovadas pela Lei portuguesa; fontes usadas para obtenção de informação relativamente às terapêuticas não convencionais; e perguntas sobre as terapêuticas não convencionais no contexto nacional, foram analisadas com recurso ao SPSS v.27.0. Todas as conclusões foram tomadas ao nível de significância de 5%.
Resultados: Dos 4334 médicos que responderam na íntegra ao questionário, 45,5% não se sentem confortáveis para conversar, argumentar e esclarecer os doentes a respeito das terapêuticas não convencionais. A maioria, 68,6%, considera que a competência em acupuntura da Ordem dos Médicos deveria permanecer disponível. No entanto, 72,4% dos médicos consideram que as terapêuticas não convencionais não deveriam ser incluídas no Serviço Nacional de Saúde.
Conclusão: Os conhecimentos dos médicos portugueses relativamente às terapêuticas não convencionais parecem ser reduzidos, sendo que parte relevante dos inquiridos não se considera preparada para aconselhar os seus doentes.

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Publicado

2022-05-02

Como Citar

1.
Nogueira C, Brito de Sá A, Martins AP. Atitudes, Conhecimentos e Perspetivas dos Médicos Portugueses acerca das Terapêuticas Não Convencionais: Um Estudo Transversal. Acta Med Port [Internet]. 2 de Maio de 2022 [citado 17 de Julho de 2024];35(5):320-7. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/16073

Edição

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