Febre numa Doente com Cateter Venoso Central Colonizado por Pandoraea pnomenusa
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.16176Palavras-chave:
Cateter Venoso Central/efeitos adversos, Febre, Infecções Relacionadas a Cateter, Pandoraea pnomenusaResumo
O género Pandoraea é constituído por bacilos Gram-negativo não fermentadores multirresistentes, maioritariamente isolados em amostras respiratórias de doentes com fibrose quística. No entanto, em doentes imunodeprimidos e/ou sujeitos a elevada pressão antibiótica, podem ser agentes invasivos e oportunistas. Apesar de estas infeções serem raras, a incidência pode estar subestimada por dificuldades na sua identificação por métodos fenotípicos. Apresentamos um caso clínico de uma mulher de 51 anos, com febre de novo após um internamento complexo e múltiplos ciclos de antibioterapia. Nas hemoculturas colhidas do cateter venoso central e na ponta do cateter foi identificada, por espectrometria de massa, uma Pandoraea pnomenusa. A resolução da febre após retirada do cateter sugere uma bacteriemia associada a cateter. Tanto quanto é do nosso conhecimento, este é o primeiro caso reportado de Pandoraea spp. em Portugal, pondo em evidência a necessidade de se estar alerta para a emergência de agentes de infeção multirresistentes, bem como a necessidade da sua identificação precoce.Downloads
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