Características de Recém-Nascidos Filhos de Mães com Infecção por SARS-CoV-2 num Hospital Português
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.16180Palavras-chave:
Aleitamento Materno, Alojamento Conjunto, Gravidez, SARS-CoV-2, Recém-NascidosResumo
Introdução: Desde o início da pandemia COVID-19, tem sido particularmente dificil obter orientações relativas a mulheres grávidas. Este estudo teve como objetivo descrever as características e resultados clínicos das grávidas com SARS-CoV-2 e dos seus recém--nascidos.
Material e Métodos: Revisão de processos clínicos de grávidas com infecção por SARS-CoV-2 admitidas para o parto, e dos seus recém-nascidos, no período de abril a dezembro de 2020 num hospital da área metropolitana de Lisboa.
Resultados: De um total de 1755 nascimentos, 81 (4,6%) foram de mães positivas para SARS-CoV-2. A maioria eram recém-nascidos de termo; 16% eram prematuros, sendo a taxa geral de prematuridade 9,9%. A maioria das grávidas (88,6%) foi assintomática. O alojamento conjunto ocorreu em 80,8% dos casos e 19,2% dos recém-nascidos foram admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais. A maioria dos recém-nascidos (56,7%) fez leite materno desde o nascimento e 43% fez aleitamento misto. Nenhum recém--nascido apresentou sintomas relacionados com a infeção por COVID-19 e todos foram negativos por rt-PCR para SARS-CoV-2 ao nascimento e às 48 horas. Do total, 85,2% dos recém-nascidos tiveram alta para o domicílio com a mãe.
Discussão: As grávidas com COVID-19 apresentam características imunológicas semelhantes a grávidas saudáveis e ainda não é clara a transmissão vertical do SARS-CoV-2. Atualizações recentes sobre as orientações neonatais recomendam o alojamento conjunto e apoiam a segurança da amamentação.
Conclusão: Este estudo corrobora resultados maternos e neonatais anteriores incluindo a ausência de resultados adversos a curto prazo com alojamento conjunto e amamentação.
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