Severidade e Prognóstico da Infeção por Clostridium difficile num Hospital do Norte de Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.16357Palavras-chave:
Clostridioides difficile, Índice de Gravidade de Doença, Infeção por Clostridium difficile/diagnóstico, Infeção por Clostridium difficile/epidemiologia, Fatores de Risco, Resultado do TratamentoResumo
Introdução: A infeção por Clostridium difficile tem aumentado, com importante morbimortalidade e impacto nos sistemas de saúde. Este estudo procurou caracterizar e descrever a severidade e prognóstico desta infeção, na nossa instituição.
Material e Métodos: Realizou-se uma análise retrospetiva dos casos confirmados ocorridos entre janeiro de 2013 e dezembro de 2018, num hospital do Norte de Portugal. Recorreu-se à análise de processo clínico e foram incluídos doentes sem gravidez em curso e com pelo menos 18 anos.
Resultados: Verificaram-se 57 casos, a maioria em mulheres e idosos, sendo que 33,3% tiveram origem em instituições de saúde e 31,6% na comunidade. Nesta amostra, 43,9% tiveram doença não severa, 29,8% severa e 21,0% fulminante, estes com necessidade de internamento. A toma prévia de antibióticos ocorreu em 68,4%, e de inibidores da bomba de protões em 57,9%. O sexo feminino relacionou-se com doença severa, enquanto que a doença renal crónica e um elevado rácio neutrófilos-linfócitos se relacionaram com doença severa e fulminante. A mortalidade aos 30 dias verificou-se em 15,8% e associou-se a doença renal e elevação do score de Charlson e do rácio neutrófilos-linfócitos. A mortalidade aos 90 dias ocorreu em 28,1%, associada a idade avançada, toma de antibióticos e elevação do score e do rácio.
Conclusão: Em Portugal, são escassos os dados sobre a severidade e prognóstico desta infeção, pelo que são necessários mais estudos nacionais.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Acta Médica Portuguesa
Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons