Reinternamentos numa Enfermaria de Pediatria: A Experiência de Onze Anos de um Hospital Português
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.17011Palavras-chave:
Alta do Doente, Criança, Hospitais Pediátricos, Readmissão do DoenteResumo
Introdução: Nos últimos anos, os reinternamentos pediátricos têm sido alvo de atenção crescente. Distinguir reinternamentos programados de não programados, e os que podem ou não ser evitados constituem aspetos importantes para a melhor compreensão desta temática. O objetivo deste estudo foi analisar a taxa de reinternamentos e caracterizar a população reinternada até 30 dias após a alta numa enfermaria de Pediatria de um hospital de nível II.
Material e Métodos: Estudo observacional retrospetivo dos doentes com alta da enfermaria de Pediatria de um hospital de nível II, entre 2009 e 2019, e que tiveram pelo menos um reinternamento até 30 dias após a alta. Dados clínicos e demográficos foram obtidos a partir da análise dos processos clínicos. Considerámos potencialmente evitáveis os reinternamentos não programados relacionadas com o internamento índex.
Resultados: Das 6879 admissões durante o período de estudo, 4,8% resultaram em reinternamento até 30 dias. Excluindo os reinternamentos programados, a taxa de reinternamento até sete, 15 e 30 dias foi, respetivamente, 1,7%, 2,7% e 3,9%. A maioria dos reinternamentos não programadas (77%) foi considerada potencialmente evitável. Os doentes reavaliados em Hospital de Dia após a alta apresentaram um menor intervalo até ao reinternamento. Os reinternamentos devido à descompensação de doença crónica apresentaram maior probabilidade de estarem relacionados com o internamento índex. Doentes com doença crónica e com compromisso neurológico apresentaram maior probabilidade de terem múltiplos reinternamentos.
Conclusão: Em comparação com a literatura disponível, foi identificada uma baixa taxa global de reinternamentos, mas uma percentagem superior de reinternamentos potencialmente evitáveis.
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