Que Fatores Determinam os Níveis de Atividade Física após Programa de Reabilitação Cardíaca?

Autores

  • Diogo Soares Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.
  • Sofia Viamonte Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.
  • Sandra Magalhães Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.
  • Maria Miguel Ribeiro Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.
  • Ana Barreira Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.
  • Preza Fernandes Serviço de Cardiologia. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.
  • Severo Torres Serviço de Cardiologia. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.1742

Resumo

Introdução: Os Programas de Reabilitação Cardíaca ganharam enorme relevância na prevenção de doenças cardiovasculares constituindo um desafio assegurar a prática de exercício físico regular durante e após o fim do programa supervisionado. O objetivo deste trabalho foi determinar os fatores que influenciam os hábitos de atividade física 12 meses após um Programa de Reabilitação Cardíaca.
Material e Métodos: Estudo prospetivo abrangendo 580 doentes com cardiopatia isquémica consecutivamente orientados para Programas de Reabilitação Cardíaca na Unidade de Reabilitação Cardiovascular do Centro Hospitalar do Porto, entre Janeiro de 2008 e Junho de 2011. Avaliaram-se os níveis de atividade física através do International Physical Activity Questionnaire realizado no início do programa, aos 3 e 12 meses depois. Foram testados como potenciais determinantes dos hábitos de atividade física a longo prazo: idade; sexo; fatores de risco modificáveis; capacidade funcional (alcançada em prova de esforço); análises laboratoriais (HbA1c, perfil lipídico, Proteína C Reativa e Peptideo Natriurético Cerebral). Realizou-se análise de regressão linear para identificar os preditores significativos e encontrar o melhor ajuste do modelo.
Resultados: A idade avançada, género feminino, a capacidade funcional, níveis de atividade física baixos previamente ao Programa de Reabilitação Cardíaca e uma fraca evolução do International Physical Activity Questionnaire durante o programa foram os melhores preditores univariáveis de uma evolução menos favorável do International Physical Activity Questionnaire nos 12 meses de follow-up. A análise de regressão linear multivariável concluiu que o melhor modelo explicativo incluía: idade, género, evolução do IPAQ no programa (R2 ajust = 0,318; f = 60,62; p < 0,001).
Conclusão: A identificação de subgrupos de doentes com menor tendência à prática de atividade física permite desenvolver estratégias individualizadas, maximizando o potencial terapêutico e preventivo dos Programas de Reabilitação Cardíaca.

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Biografias Autor

Diogo Soares, Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.

Sofia Viamonte, Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.

Sandra Magalhães, Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.

Maria Miguel Ribeiro, Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.

Ana Barreira, Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.

Preza Fernandes, Serviço de Cardiologia. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.

Severo Torres, Serviço de Cardiologia. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.

Publicado

2013-12-20

Como Citar

1.
Soares D, Viamonte S, Magalhães S, Ribeiro MM, Barreira A, Fernandes P, Torres S. Que Fatores Determinam os Níveis de Atividade Física após Programa de Reabilitação Cardíaca?. Acta Med Port [Internet]. 20 de Dezembro de 2013 [citado 30 de Junho de 2024];26(6):689-98. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/1742